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Pressionada, Bovespa abre em forte queda

O Ibovespa abriu caindo 2,11%, aos 54.835 pontos

Índice deve alcançar hoje o novo piso em 2011 (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 10h25.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em forte queda, depois do pânico na véspera. Hoje, falta racionalidade para estimar qual será o comportamento da Bolsa, com o cenário externo jogando contra mais uma vez. A fuga em massa por parte dos investidores nas ações brasileiras, em um mercado considerado barato, míngua a esperança de uma recuperação dos negócios locais no curto prazo, com a pressão vendedora potencializando a chance de o índice Bovespa (Ibovespa) alcançar hoje o novo piso em 2011, regredindo ainda mais no tempo. Às 10h14, o Ibovespa caía 2,11%, aos 54.835 pontos.

"O barato de hoje pode ser o caro de amanhã", comenta o operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, para quem a correção nos preços dos ativos de risco ainda não terminou. Ainda assim, ele não acredita que haverá hoje uma continuidade do movimento de stop loss (perda máxima admissível), iniciado no fim da tarde da última terça-feira. "O desfazimento de posições, com vendas de carteiras, já deve ter cessado", avalia, ressaltando que essas operações foram lideradas por fundo de hedge, embora a posição vendida de investidores estrangeiros em índice Bovespa futuro continue em patamares históricos de contratos em aberto.

Segundo ele, diante das fortes perdas verificadas nas principais bolsas europeias nesta manhã e também nos índices futuros em Nova York, a disposição para compras deve ficar perto de zero nos negócios hoje. "Ninguém deve assumir posições antes da divulgação do relatório oficial sobre o mercado de trabalho norte-americano (payroll), na sexta-feira", completa, lembrando das grandes incertezas sobre os rumos da economia norte-americana e quanto à crise soberana europeia.

Hoje, nos Estados Unidos, foi divulgado que os pedidos de auxílio-desemprego caíram em 1 mil na semana passada, contrariando a previsão de alta de 7 mil solicitações. Ainda na agenda econômica dos EUA, serão anunciadas as vendas das varejistas norte-americanas em julho ao longo do dia.

"As notícias positivas apenas corrigem uma queda excessiva", diz o mesmo profissional citado acima, "mas o mercado dispara ordens de venda com qualquer dúvida que surge", ressalta. Nesse sentido, nem mesmo a safra doméstica de balanços deve trazer algum refresco. Hoje, a Gerdau anunciou lucro líquido de R$ 503 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o lucro cresceu 23%.

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"O barato de hoje pode ser o caro de amanhã", comenta o operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, para quem a correção nos preços dos ativos de risco ainda não terminou. Ainda assim, ele não acredita que haverá hoje uma continuidade do movimento de stop loss (perda máxima admissível), iniciado no fim da tarde da última terça-feira. "O desfazimento de posições, com vendas de carteiras, já deve ter cessado", avalia, ressaltando que essas operações foram lideradas por fundo de hedge, embora a posição vendida de investidores estrangeiros em índice Bovespa futuro continue em patamares históricos de contratos em aberto.

Segundo ele, diante das fortes perdas verificadas nas principais bolsas europeias nesta manhã e também nos índices futuros em Nova York, a disposição para compras deve ficar perto de zero nos negócios hoje. "Ninguém deve assumir posições antes da divulgação do relatório oficial sobre o mercado de trabalho norte-americano (payroll), na sexta-feira", completa, lembrando das grandes incertezas sobre os rumos da economia norte-americana e quanto à crise soberana europeia.

Hoje, nos Estados Unidos, foi divulgado que os pedidos de auxílio-desemprego caíram em 1 mil na semana passada, contrariando a previsão de alta de 7 mil solicitações. Ainda na agenda econômica dos EUA, serão anunciadas as vendas das varejistas norte-americanas em julho ao longo do dia.

"As notícias positivas apenas corrigem uma queda excessiva", diz o mesmo profissional citado acima, "mas o mercado dispara ordens de venda com qualquer dúvida que surge", ressalta. Nesse sentido, nem mesmo a safra doméstica de balanços deve trazer algum refresco. Hoje, a Gerdau anunciou lucro líquido de R$ 503 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o lucro cresceu 23%.

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