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Plano de recuperação judicial da Bombril recebe aval da Justiça de SP

A empresa acredita que pode conquistar uma estrutura financeira mais saudável e abrir um novo ciclo de crescimento

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 19h23.

A Bombril informou nesta terça-feira, 2, que a Justiça de São Paulo homologou seu plano de recuperação da companhia e de suas controladas. Com o plano aprovado e a expectativa de um acordo tributário favorável com o governo federal, a empresa disse acreditar que vai conquistar uma estrutura financeira mais saudável.

A Bombril vê nesse movimento a chance de iniciar um "novo ciclo de crescimento, com ganhos para credores, investidores e demais interessados".

Plano de recuperação judicial

A Bombril pediu recuperação judicial em fevereiro de 2025, alegando pressão de autuações da Receita Federal que apontam suposta falta de recolhimento de tributos sobre operações com títulos de dívida estrangeiros, os T-Bills. As discussões somam cerca de R$ 2,3 bilhões.

Além disso, a companhia enfrentava vencimentos antecipados que podem chegar a R$ 220 milhões, envolvendo credores como Banco ABC Brasil, C6 Bank, Banco Daycoval e Tribanco.

Com o plano homologado e a expectativa de um acordo tributário favorável com o governo federal, a empresa acredita que pode conquistar uma estrutura financeira mais saudável e abrir um novo ciclo de crescimento. Segundo a Bombril, esse cenário tem potencial para beneficiar credores, investidores e demais interessados.

Reorganização

No plano da companhia consta as propostas de recuperação, como a reorganização societária, com possibilidade de fusões, cisões e outras operações para eficiência organizacional; e alienação de ativos com a criação de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). Por exemplo, a venda de uma unidade fabril completa sem os passivos associados.

Outra medida é a captação de novos recursos para continuidade das operações, com novos financiamentos, empréstimos e linhas de crédito. Também há a possibilidade de oferecer garantias reais ou fiduciárias para obter esses recursos.

As empresas do grupo irão reestruturar suas dívidas com os credores concursais, aqueles sujeitos à recuperação judicial, oferecendo opções de pagamento conforme o tipo de crédito. As opções podem ser descontos no valor devido, parcelamento em longo prazo (alguns com início em até 60 meses), pagamentos à vista com limite de valor e correção monetária baseada na Taxa TR.

“O plano estabelece os termos e condições propostos relativamente às principais medidas que poderão ser adotadas visando a superação da atual situação econômico-financeira da Companhia, a continuidade de suas atividades, a preservação de valor e a promoção de sua função social”, disse a empresa em comunicado a CVM.

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