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Petrobras mira R$ 26 por ação para vender fatia na BR, dizem fontes

Embora a zona de conforto para a precificação tenha sido discutida, um valor específico não foi estabelecido, disseram as pessoas

Petrobras Distribuidora: ações foram comercializadas a 15 reais cada em sua oferta pública inicial, em dezembro de 2017 (Victor Moriyama/Bloomberg)

Petrobras Distribuidora: ações foram comercializadas a 15 reais cada em sua oferta pública inicial, em dezembro de 2017 (Victor Moriyama/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 19h11.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 19h18.

A Petrobras está considerando vender sua fatia remanescente na BR Distribuidora se a ação da companhia atingir 26 reais, disseram três pessoas com conhecimento do assunto, sob condição de anonimato.

A venda da participação de 37,5% mantida pela estatal daria fim à participação do governo na distribuidora de combustíveis, que se tornaria uma empresa sem um grande acionista no controle.

Uma venda de ações por cerca de 25 reais não foi descartada, segundo duas das fontes. Embora a zona de conforto para a precificação tenha sido discutida, um valor específico não foi estabelecido, disseram as pessoas.

Petrobras e BR Distribuidora não quiseram comentar o assunto.

Os papéis da BR Distribuidora atingiram um pico recente de 24,33 reais, com um avanço intradia de 16,4% em 26 de janeiro, após o conselho anunciar que Wilson Ferreira Jr., que está deixando a elétrica estatal Eletrobras, assumirá o cargo de presidente executivo da maior rede de postos de combustíveis da América Latina.

O movimento da Petrobras para vender sua participação na BR faz parte de um esforço governamental mais amplo, cujos objetivos são concentrar o foco da petroleira na produção em águas profundas e abrir os mercados relacionados ao petróleo no Brasil para a iniciativa privada — dos combustíveis ao gás natural e fábricas de fertilizantes.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse durante um webinar na semana passada que aguardava uma melhora das condições de mercado para retomar o processo de venda das ações, interrompido no início da pandemia de covid-19. Os papéis da BR atingiram uma máxima de 29,93 reais em fevereiro de 2020, antes de perder cerca de metade de seu valor no mês seguinte.

Esta seria a terceira grande venda de ações da BR Distribuidora — que até três anos atrás era totalmente controlada pelo Estado por meio da Petrobras.

As ações foram comercializadas a 15 reais cada em sua oferta pública inicial, em dezembro de 2017, quando a Petrobras vendeu uma participação de 29%.

A BR foi efetivamente privatizada em 2019, por meio de uma operação de follow on, com ações vendidas a 24,50 reais. A Petrobras levantou 9,6 bilhões de reais, reduzindo sua fatia de 71% para 37,5%.

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