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Petrobras leva Ibovespa à 3ª sessão no vermelho

Índice da Bolsa de São Paulo recuou 0,49%, a 53.307 pontos, com um giro financeiro de 7,1 bilhões


	Petróleo da Petrobras: papéis da estatal puxaram a queda do Ibovespa nesta quinta
 (Sergio Moraes/Reuters)

Petróleo da Petrobras: papéis da estatal puxaram a queda do Ibovespa nesta quinta (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 18h04.

São Paulo - O principal índice acionário brasileiro teve a terceira queda seguida nesta quinta-feira, puxado pelos papéis da Petrobras, conforme investidores preferiram a cautela após uma alta acentuada da bolsa no início do mês.

O Ibovespa recuou 0,49 por cento, a 53.307 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,1 bilhões de reais.

Após um forte rali da Bovespa no início de setembro, os investidores optaram por embolsar ganhos acumulados até segunda-feira, quando o Ibovespa superou os 54 mil pontos.

"O mercado perdeu um pouco de força em função de realização (de lucro)", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos.

Os papéis da Petrobras puxaram a queda. Na véspera, após o fechamento da bolsa, a presidente-executiva da estatal, Maria das Graças Foster, disse que não há sinal de que a empresa fará reajuste dos preços de combustíveis. Embraer caiu quase 5 por cento, mas o papel ainda acumula valorização de mais de 30 por cento em 2013, ante queda de 12,5 por cento do Ibovespa. Papéis de bancos também caíram.

No sentido contrário, ações de construtoras e da OGX limitaram perdas maiores. Companhias de consumo, como Cia Hering, Lojas Renner, Pão de Açúcar , Lojas Americanas e Natura resistiram à onda de realização de lucros, com ajuda de dados robustos sobre as vendas no varejo brasileiro em julho.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro cresceram 1,9 por cento em julho contra junho, ritmo mais rápido desde janeiro de 2012. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas varejistas subiram 6,0 por cento, acima do esperado, segundo pesquisa da Reuters com economistas.

"(O pregão) está meio morno, mas o dado do varejo, que veio acima das previsões, particularmente nos setores de tecidos, vestuário e calçados, acaba dando um otimismo para o setor", afirmou o economista da Saga Capital, Gustavo Mendonça.

O mercado manteve-se ainda no compasso de espera pela reunião do Federal Reserve na semana que vem. Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em leve queda, com investidores analisando o resultado do relatório sobre pedidos de auxílio-desemprego, que poderia dar pistas sobre os próximos passos do programa de estímulos do banco central do país.

O número de novos pedidos caiu de forma acentuada, mas grande parte da queda aparentemente aconteceu por problemas técnicos no processamento dos pedidos, ofuscando a interpretação dos dados antes da reunião do Fed.

No plano doméstico, investidores digeriram ainda a notícia de que a bolsa paulista promoverá no ano que vem a primeira mudança na metodologia do Ibovespa em 45 anos, num esforço para torná-lo menos suscetível a oscilações bruscas e mais representativo do conjunto da economia do país. O novo critério passará a levar em conta, além da liquidez, o valor de mercado das companhias em circulação no mercado.

Papéis com valor inferior a 1 real cada, como os da petroleira OGX, devem ser excluídos do índice

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