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Payroll, produção industrial, discurso do Fed e o que mais move o mercado

Bolsas operam sem direção definida à espera de dados sobre o mercado de trabalho americano -- economistas esperam desemprego de volta para nível pré-pandemia

Placa de "estamos contratando" em rede varejista americana T.J. Max (JIM WATSON/AFP/Getty Images)

Placa de "estamos contratando" em rede varejista americana T.J. Max (JIM WATSON/AFP/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de junho de 2022 às 07h14.

Última atualização em 3 de junho de 2022 às 07h27.

A cautela dita o mercado internacional na manhã desta sexta-feira, 3, enquanto investidores aguardam os dados oficiais do mercado de trabalho americano de maio.

A expectativa para o relatório de empregos não agrícolas dos Estados Unidos, o payroll, é de criação de 325.000 vagas contra as 428.000 de abril. O consenso para a taxa de desemprego é de queda de 3,6% para 3,5%. Se confirmada, a taxa voltará para o mesmo patamar de fevereiro de 2020, ainda antes dos efeitos da pandemia no mercado de trabalho americano.

Na véspera, a "prévia do payroll" divulgada pelo ADP saiu abaixo das projeções de mercado de 300.000 vagas, revelando a criação de 128.000 empregos privados em maio.

Bolsas de Nova York fecharam o último pregão em alta, com destaque para o Índice Nasdaq, que saltou 2,69%, voltando a acumular alta na semana. O movimento desta manhã, porém, é de queda no mercado de futuros. Na Europa, o clima é levemente positivo, mas o movimento contido de alta ainda releva apreensão quanto aos números que estão por vir, já que o aquecimento ainda mais forte do mercado de trabalho americano poderia encorajar um aperto monetário mais duro pelo Federal Reserve (Fed).

Nesse contexto, pode ganhar ainda ais relevância o discurso da diretora do Fed Lael Brainard, previsto para 11h30. Ela será a primeira entre os membros do Fed a falar em público após a divulgação do payroll.

Além dos dados de criação de emprego e taxa de desemprego, investidores estarão atentos à dinâmica salarial em busca de pistas sobre os potenciais impactos inflacionários do mercado de trabalho americano. Em um ano, o salário médio do americano por hora saltou 5,5%. A projeção de economistas é de que a variação acumulada de 12 meses caia para 5,2%, com crescimento 0,4% na comparação mensal.

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  • Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): - 1,00% (fechado desde quinta, 2)
    • SSE Composite (Xangai): + 0,42% (fechado desde quinta, 2)
    • DAX (Frankfurt): + 0,28%
    • CAC 40 (Paris): + 0,11%
    • S&P futuro (Nova York): - 0,41%
    • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,68%
    • Petróleo Brent (Londres): - 0,77%, US$ 116,71

Europa: dados decepcionam

Enquanto aguardam os próximos capítulos, o mercado europeu repercute dados mais fracos da economia local. Índices de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) divulgados nesta madrugada saíram abaixo das expectativas nos principais países do continente. As vendas do varejo da Zona do Euro também decepcionaram, caindo 1,3% em abril contra o mês anterior, sendo que o consenso era de 0,3% de alta.

Produção industrial no Brasil

No Brasil, onde o PIB do primeiro trimestre divulgado ontem encorajou bancos a revisarem suas projeções de crescimento para cima, o principal indicador do dia será o de produção industrial de abril. A estimativa, segundo consenso da Bloomberg, é de redução da queda anual de 2,1% para 0,8%.

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