SÃO PAULO, 13 de setembro (Reuters) - As principais bolsas
de valores mundiais atingiram nesta segunda-feira o maior nível
em mais de um mês, impulsionadas por dados fortes na China e
pelo alívio com as novas regras de capital bancário.

No Brasil, o bom humor levou o Ibovespa ao pico em cinco
semanas, enquanto o dólar cravou a nona queda seguida ante o
real, maior série desde fevereiro de 2008. Wall Street também
alcançou os níveis mais altos em cinco semanas.

O mercado reagiu com otimismo ao avanço de 13,9 por cento
da produção industrial chinesa em agosto, acima do previsto por
economistas consultados pela Reuters. Os preços ao consumidor
no país também subiram, em 3,5 por cento na comparação anual
[ID:nN13170956].

As boas notícias não se concentraram apenas na Ásia.

Na Europa, o Comitê de Basileia III anunciou no fim de
semana novas regras para o capital bancário menos duras do que
o mercado esperava. Além disso, o período de adequação poderá
se estender até 2019, o que tranquilizou as instituições quanto
à necessidade de levantar capital [ID:nN13191092].

Espelhando o maior apetite por risco, o índice MSCI de
ações mundiais subiu 1,5 por cento, na máxima
desde agosto. Na contramão, o indicador de volatilidade VIX
recuou quase 4 por cento.

O principal índice acionário europeu terminou no
maior nível desde abril. O euro, por sua vez, caminhava para o
ganho diário mais forte em dois meses, derrubando a moeda
norte-americana ante outras divisas .

Nos Estados Unidos, o Tesouro informou um déficit
orçamentário de 90,53 bilhões de dólares em agosto, menos que
no mesmo mês do ano passado [ID:nN13114718].

A valorização das commodities também ajudou o
Ibovespa. Petrobras avançou após o diretor de
Abastecimento, Paulo Roberto Costa, prever que as vendas de
combustíveis da estatal no mercado brasileiro crescerão 12 por
cento sobre 2009.

Na ponta de baixo do índice, LLX perdeu 6,5 por
cento. Pela manhã foi anunciado que a mineradora MMX
, de Eike Batista, fará um aumento de capital de 2,2
bilhões de dólares para acomodar o ingresso de novo sócio
estratégico da Coreia do Sul e que fechou acordo para comprar o
porto do Sudeste da LLX.

Eike confirmou que negocia a venda de ativos de sua
petrolífera OGX por "pelo menos 7 bilhões de
dólares" [ID:nN13204229].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,716 real, em queda de 0,23 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,83 por cento, a 68.030 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,3 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 2,43 por
cento, a 33.712 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,34 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,30 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2877 dólar, ante
1,2677 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 136,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,912 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 2 pontos, a 210 pontos-básicos. O EMBI+
mostrava estabilidade, a 279 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,78 por cento, a 10.544
pontos, o S&P 500 subiu 1,11 por cento, a 1.121 pontos.
O Nasdaq Composite teve alta de 1,93 por cento, aos
2.285 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 0,74 dólar, ou 0,97 por cento, a 77,19 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 2,748
por cento ante 2,795 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)