PagSeguro: empresa realiza nesta terça a precificação de suas ações para a estreia na Bolsa de Nova York (divul)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 06h23.
Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 07h52.
A terça-feira será dia de descobrir quanto vale a processadora de pagamentos com cartões PagSeguro, dona das maquininhas de cartão moderninha e minizinha.
A empresa realiza nesta terça a precificação de suas ações para a estreia na Bolsa de Nova York (NYSE). Com um preço entre 17,50 e 20,50 dólares cada ação, a PagSeguro pode ser avaliada em até 1,9 bilhão de dólares.
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Para isso, precia provar que pode não só manter os seus 2,45 milhões de clientes como também manter o ritmo de crescimento dos últimos anos.
A receita mais que quintuplicou desde 2014, quando a empresa faturou 325 milhões de reais. O lucro, que em 2014 fechou o ano em 25 milhões de reais, chegou a 290 milhões apenas nos primeiros nove meses de 2017.
O caminho seguido pela PagSeguro é o mesmo da empresa de e-commerce Netshoes, que em abril do ano passado levantou 138,85 milhões de dólares na NYSE.
Agradar os exigentes investidores americanos não é tarefa fácil. No caso da Netshoes, os resultados não têm saído como o esperado e investidores têm tido dificuldades para entender como a empresa conseguirá crescer em ritmo acelerado. Como consequência, a companhia perdeu 56,1% do valor de suas ações desde o IPO.
Estratégia de longo prazo também importa. Assim como a Netshoes precisa provar que é mais do que uma varejista, a PagSeguro precisará mostrar aos investidores que é uma empresa de tecnologia, como tem se vendido, e não uma eficiente empresa de transações, que ganha dinheiro ao vender as maquininhas e adiantar recebíveis aos varejistas. Nesta terça-feira o tamanho do desafio da companhia começa a ficar mais claro.