Os fundos de investimento são o principal produto à disposição do investidor no Brasil. Com um patrimônio que supera 1 trilhão de reais, eles representam o dobro do total aplicado em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e cinco vezes mais do que o patrimônio das cadernetas de poupança. Ao todo, 850 fundos foram analisados pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, para a elaboração dos rankings dos melhores gestores deste guia (veja nas págs. de 68 a 85). Todos eles estão abertos à captação, não são exclusivos e têm histórico de pelo menos um ano. Nas 34 páginas que se seguem, o leitor encontrará a radiografia completa desses fundos, uma ferramenta crucial na hora de avaliar o desempenho de seus investimentos.</p>

Para facilitar o trabalho do investidor, os fundos foram divididos em seis categorias -- ações, alavancados, cambiais, multimercados, renda fixa e outros, que inclui segmentos como balanceados e de curto prazo. A metodologia usada pela FGV leva em conta rentabilidade e risco. Usando esses dois critérios como termômetro, os fundos receberam de uma a cinco estrelas -- numa classificação do pior para o melhor. Um fundo cinco estrelas é aquele que combina da melhor maneira possível boa rentabilidade com baixo risco. A lógica por trás desse critério é que um olhar exclusivo sobre o retorno pode levar a uma avaliação equivocada. Se dois fundos tiveram um desempenho financeiro semelhante, mas um deles fez o investidor correr muito menos risco, ele pode ser considerado superior no período. Nas tabelas, é possível traçar o histórico do fundo examinando o número de estrelas conquistado neste ano, em 2006 e há três anos.

O investidor encontrará a rentabilidade medida em quatro períodos distintos: no primeiro semestre deste ano, nos 12 meses levados em conta para escolher os premiados deste guia (de 1o/7/2006 a 30/6/2007), nos meses de julho e agosto deste ano (período que coincide com as turbulências no mercado financeiro) e, finalmente, nos últimos três anos (de 1o/7/2004 a 30/6/2007). Dados como os montantes mínimos exigidos e as taxas de administração também estão nas tabelas.

Classificação

EXAME/FGV
* Exemplo -- Ações
Colocada na vertical, à esquerda da tabela, classifica os fundos em seis grandes categorias: ações, alavancados, cambiais, multimercados, renda fixa e outros.

Nome do fundo
* Exemplo -- XYZ Especial
Os fundos estão ordenados pela quantidade de estrelas e em ordem alfabética da empresa gestora -- não confundir com a empresa administradora, já que muitos gestores pequenos usam administradores terceirizados.

Estrelas Guia 2007
Mostra como o fundo foi avaliado nos últimos 12 meses terminados em junho -- quanto mais estrelas, melhor (o máximo são cinco). Para que o leitor possa conhecer a consistência do gestor em prazos maiores, também foi avaliado o desempenho em três anos, entre 1o de julho de 2004 e 30 de junho de 2007.

Classificação Anbid
* Exemplo -- Referenciado DI
Detalha a classificação das carteiras. Um fundo de renda fixa referenciado DI, por exemplo, segue a variação da taxa de juro do mercado.
 
Taxa de administração (em %/ano)
* Exemplo -- 2,00
É quanto as instituições cobram pelo trabalho de administrar os fundos. A taxa é informada em base anual, mas é debitada proporcionalmente em todos os dias úteis, independentemente do desempenho do fundo.
 
Taxa de performance (% sobre o objetivo)
* Exemplo -- N/C
Pode ou não ser cobrada (N/C significa que a taxa não é cobrada). Funciona como prêmio para o gestor quando ele supera determinadas metas e, normalmente, representa um percentual do que superar o objetivo.

Depósito inicial (em R$)
* Exemplo -- 5 000
É a quantia mínima exigida pelos administradores para um investidor aplicar no fundo. Em geral, quanto menor o depósito, maior a taxa de administração.
 
Movimentação mínima (em R$)
* Exemplo -- 5 000
É a quantia mínima exigida pelos administradores para o investidor sacar ou aplicar mais recursos de um fundo em que já investe.
 
Código Anbid
É o número de registro do fundo na Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid), órgão de classe que regula o setor de fundos no Brasil.