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OGX cai na bolsa após prejuízo de R$ 398,6 mi no segundo tri

Despesas com variação cambial e exploração pioraram o resultado no período


	No ano, as ações da OGX acumulam uma desvalorização de 56%

No ano, as ações da OGX acumulam uma desvalorização de 56%

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 10h50.

São Paulo – As ações da OGX Petróleo (OGXP3) operam em queda nesta quarta-feira após o mercado avaliar a apresentação do prejuízo líquido de 398,6 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 255,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração de caixa da empresa ficou negativa em 109,998 milhões de reais, uma piora de 2,3% em relação ao visto no mesmo período de 2011.

Na mínima do dia, os papéis apresentavam baixa de 4%, negociados a 5,94 reais.

A produção da petroleira do empresário Eike Batista foi afetada em julho pela parada de um dos dois poços (OGX-26HP) em operação no Complexo de Waimea para a troca de uma bomba centrífuga. De acordo com o comunicado, a intervenção foi finalizada na primeira semana de agosto. No mês passado, com apenas um poço em operação (OGX-68), a produção foi de 7 mil barris de óleo equivalente.

“Os resultados vieram negativos como esperado, já que a empresa recém iniciou sua produção de óleo, mas ainda não tem volume e escala suficientes para gerar lucros e resultados operacionais positivos. Não recomendamos, no momento, o posicionamento nas ações da companhia”, afirmam os analistas da Planner Corretora, em relatório.

Ibovespa

Segundo cálculos da Bloomberg, a participação da companhia no principal índice da bolsa deve passar de 2,3% para 5,3%, maior aumento entre os 67 membros do Ibovespa. A nova prévia do índice, baseada nos volumes de negociação, vai ser anunciada na quinta-feira e os novos pesos entram em vigor em 3 de setembro.

“Muitos fundos se espelham no portfólio do Ibovespa, por isso, se o peso da ação aumenta, a demanda por ela também”, disse Luiz Otavio Broad, analista da Ágora Corretora em entrevista à Bloomberg. “Isso pode ajudar a elevar o preço do papel no curto prazo.”

Problemas no campo

O pesadelo mais recente da OGX começou no último dia 26 de junho, quando informou que a vazão no Campo de Tubarão Azul havia sido calculada em 5 mil barris de óleo por dia, abaixo da estimativa da própria empresa, que ficava entre 15 mil e 20 mil barris por dia. Com o resultado dos pregões seguintes, o papel terminou como a maior queda do primeiro semestre, perdendo 56,62% no período.

A petroleira se defendeu e disse que o mercado estava errado em sua avaliação porque teria extrapolado a estimativa de vazão de Tubarão Azul para os demais poços. “O equívoco dessa extrapolação reside no fato de que (...) a vazão divulgada não considera o fraturamento químico hidráulico e a injeção de água no reservatório, técnicas largamente utilizadas na indústria do petróleo para aumentar a produtividade e que a companhia pretende utilizar no campo de Tubarão Azul”, disse a empresa.

Segundo a OGX, antes de aplicar essas técnicas não há como precisar o volume de produção por poço em reservatórios do tipo. Além disso, afirma a nota, a empresa já está iniciando o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo e os dados do seu reservatório, obtidos até o momento, sinalizam para produtividades superiores a vazão informada, mesmo sem o emprego das técnicas referidas.

Veja o resultado da empresa:

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