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O que esperar da carta anual do bilionário Warren Buffett

A carta traz uma combinação dos resultados da Berkshire no ano, além de conselhos e ensinamentos do bilionário aos investidores.

Buffett: o terceiro homem mais rico do mundo tem uma fortuna estimada em 84 bilhões de dólares (Daniel Acker/Bloomberg/Bloomberg)

Buffett: o terceiro homem mais rico do mundo tem uma fortuna estimada em 84 bilhões de dólares (Daniel Acker/Bloomberg/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 16h55.

São Paulo - A tão esperada carta aos acionistas da Berkshire Hathaway, empresa do megainvestidor Warren Buffett, será divulgada neste sábado, juntamente com o relatório anual de 2018. A carta que traz uma combinação dos resultados da Berkshire no ano, além de conselhos e ensinamentos do bilionário aos investidores estará disponível no site da companhia (www.berkshirehathaway.com).

O interesse do mercado é ainda maior após a Kraft Heinz desabar na Nasdaq nesta sexta-feira com o anúncio do corte de dividendos, resultados fracos e uma investigação na SEC. A Berkshire é uma das controladas da Heinz em parceria com a 3G Capital.

Durante 2018, o mercado também acompanhou o aumento da participação da Apple na carteira da Berkshire. No último trimestre do ano passado, a empresa de Buffett tinha 252.478.779 ações da Apple, o que representava 26% do seu portfólio de investimentos. O que os investidores querem saber é se este número aumentou.

Outra novidade apresentada ano passado foi a mudança na política que facilita a recompra de ações. Desde agosto, a companhia pode recomprar os papéis por achar que o preço está abaixo do que considera justo. Em novembro, após a divulgação de resultado trimestral, a Berkshire informou que   recompraria 928 milhões de dólares em ações. Na carta, será possível saber se a empresa deu continuidade ao plano, quando houve uma desvalorização das ações no final do ano passado.

Também é esperado, assim como nos últimos anos, que Buffett afirmará na carta que não encontrou nada para comprar que não fosse superfaturado ou que valesse a pena.

Entretanto, vale lembrar que as ações americanas tiveram o pior ano em 2018 desde a crise financeira e a Berkshire gastou menos de US$ 2,2 bilhões em compras líquidas de ações ordinárias no quarto trimestre. Ou seja, o montante da companhia permaneceu acima dos US$ 100 bilhões nos últimos cinco trimestres. Nada mal para aquele é considerado o maior investidor do mundo.

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