Mercados

O outro lado do desastre de US$ 2 bi do JPMorgan

Boaz Weinstein é um dos gestores que, segundo o NYT, ganhou muito com a operação

Entrada do banco JP Morgan Chase na Park Avenue, em Nova York (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

Entrada do banco JP Morgan Chase na Park Avenue, em Nova York (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 17h04.

São Paulo – Toda aposta que tem um perdedor, tem também um vencedor. Se o JPMorgan perdeu no mínimo dois bilhões de dólares com operações no mercado de derivativos, alguém, na outra ponta da operação, ganhou.

Uma matéria do The New York Times apresentou Boaz Weinstein, um gestor de fundos conhecido por um alto apetite por risco, que faturou alto apostando contra o JPMorgan.

Bruno Iksil foi um dos traders do JPMorgan responsáveis por fazer operações erradas no mercado. Ele era apelidado de “London Whale”, ou algo como ‘baleia de Londres’ em português, por conta das altas apostas que fazia.

Foi apostando contra a baleia que Weinstein conseguiu fisgá-la. Segundo o NYT, Weinstein notou distorções no mercado de derivativos de crédito e colocou sua equipe para estudar essa distorção.

Como fez?

Imaginando que aquela tendência poderia se reverter a qualquer momento, enquanto Iksil, do JPMorgan, vendia, Weinstein, por meio de sua empresa, a Saba Capital Management, resolveu comprar – sem saber que era o JPMorgan que estava na outra ponta.

Por um tempo, Weinstein, que sempre gostou de investimentos altos em ativos arriscados, perdeu um bom dinheiro. Quando as notícias das perdas do JPMorgan começaram a aparecer, porém, as atenções se voltaram para o investimento de Weinstein, que começou a faturar com isso.

Outros fundos também conseguiram ganhar seguindo a tese do Saba. O NYT cita as gestoras Blue Mountain Capital e BlueCrest Capital, fundadas por ex-funcionários do próprio JPMorgan.

O NYT não estimou quanto a gestora de Weinstein ganhou com a aposta contrária ao JPMorgan. Mas os investimentos ousados de Weinstein renderam um ganho superior a 90 milhões de dólares para a Saba no ano passado.

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