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NY fica sem direção única com PIB e auxílio-desemprego

Índices futuros apontam para uma abertura sem direção única das bolsas norte-americanas nesta quinta


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,30%, o Nasdaq tinha alta marginal de 0,01%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,30%, o Nasdaq tinha alta marginal de 0,01% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 12h12.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura sem direção única das bolsas norte-americanas nesta quinta-feira. A queda inesperada dos pedidos de auxílio-desemprego e a melhora acima do previsto do Produto Interno Bruto (PIB) na segunda leitura para o terceiro trimestre sinalizam que a mudança na política monetária nos Estados Unidos está próxima e aumentam a aversão ao risco. Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,30%, o Nasdaq tinha alta marginal de 0,01% e o S&P 500 registrava baixa de 0,27%.

A quinta-feira tem agenda cheia, que inclui indicadores importantes e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O dia começou com a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego e da revisão do PIB. Na semana encerrada em 30 de novembro, eles caíram para 298 mil. A previsão dos economistas era de que ficassem em 320 mil. Os pedidos encerraram novembro no menor nível desde setembro.

Na segunda estimativa do PIB dos EUA, a economia cresceu a uma taxa anual de 3,6% no terceiro trimestre. A primeira leitura do indicador, divulgada em novembro, havia mostrado expansão de 2,8% e para hoje os analistas previam alta de 3,2%. O Dow Jones e o S&P 500 futuros passaram a cair após os anúncios dos indicadores.

Entre os dirigentes do Fed, o presidente da regional de Atlanta, Dennis Lockhart, declarou esta manhã que seria apropriado colocar a redução do ritmo de compra de ativos "na mesa" na reunião deste mês do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e nas próximas, destacando que a trajetória da recuperação e perspectiva para a economia justificam essa estratégia.

Após a abertura do mercado, quem fala é o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, às 15h15 (de Brasília). As declarações devem atrair mais atenção do mercado, pois embora não tenha poder de voto este ano nas reuniões do Fomc, o dirigente vai votar em 2014, que deve ser o primeiro ano de Janet Yellen no comando do banco central. Pelas declarações feitas em novembro, Fisher sinalizou que o programa de estímulos monetários não pode continuar para sempre e que o balanço do Fed já está inchado.

Para o estrategista-chefe do Standard Bank, Steve Barrow, os mercados financeiros, apesar da expectativa, parecem não estar preparados para a redução do ritmo de compras de ativos este mês, principalmente quando se consideram que as bolsas estão em níveis recordes de pontuação. Por isso, o mercado está mais vulnerável aos indicadores, mas deve ficar mais ainda com o relatório de emprego que será divulgado amanhã. O documento terá os dados de novembro e pode provocar uma maior correção nos preços dos ativos, escreve Borrow em e-mail a investidores.

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