A Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas, tenta recuperar o atraso em relação à Grendene SA depois de subestimar a demanda interna pelos calçados (Deco Rodrigues)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2013 às 08h44.
São Paulo - A Alpargatas SA, fabricante das sandálias Havaianas, tenta recuperar o atraso em relação à Grendene SA depois de subestimar a demanda interna pelos calçados.
Uma segunda fábrica que vai aumentar a capacidade de produção em 38 por cento, para 360 milhões de pares de calçados por ano, começou os testes operacionais no último fim de semana e deve estar em plena produção nos próximos meses.
O investimento vai ampliar as vendas de Havaianas no País depois de uma queda de 4,8 por cento no volume do primeiro trimestre, disse Márcio Utsch, presidente da Alpargatas.
As vendas da Grendene, que vende sandálias semelhantes licenciando o nome da modelo Gisele Bundchen, tiveram alta de 41 por cento no período.
Com estoques limitados, a Alpargatas sacrificou sua participação no mercado doméstico para atender contratos de exportações, que cresceram 42 por cento no primeiro trimestre.
A Alpargatas pretende dar impulso aos resultados adicionando a marca Havaianas a uma linha de vestuário e crescendo através de aquisições do que Utsch descreve como marcas de novo luxo.
“O ’new luxury’, aí sim, tem espaço para crescer mais dentro do Brasil”, disse Utsch, 54, em entrevista no escritório da companhia. “Fora, a gente em uma avenida de crescimento maior.”
As ações da Alpargatas acumulam alta de 22 por cento de 1 de abril até ontem, depois de uma queda de 10 por cento no primeiro trimestre. A Grendene registrou ganho de 30 por cento no primeiro trimestre e alta de 4 por cento desde então.
A Grendene não retornou aos pedidos de comentário sobre o desempenho com relação à Alpargatas.