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No radar: Eletrobras, ata do Copom, IPCA e o que mais move o mercado

ETF que representa o mercado brasileiro sinaliza abertura em queda; bolsas internacionais operam de forma mista, após novos recordes

Eletrobras: ADRs da empresa caíram mais de 8% nos EUA, após saída de presidente (Dado Galdieri/Bloomberg)

Eletrobras: ADRs da empresa caíram mais de 8% nos EUA, após saída de presidente (Dado Galdieri/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 07h04.

Última atualização em 26 de janeiro de 2021 às 07h50.

Enquanto o mercado europeu opera em alta na esteira da safra de balanços, os índices futuros americanos oscilam próximo da estabilidade na manhã desta terça-feira, 26. No último pregão, Nasdaq e o S&P 500 bateram novos recordes com o otimismo por balanços, mas pesam no radar as incertezas sobre o pacote de 1,9 trilhão de dólares apresentado pelo presidente Joe Biden, que pode ser adiado para meados de março. 

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No Brasil, a bolsa inicia a semana nesta terça, após não abrir pela última vez no Aniversário de São Paulo. A expectativa, contudo, é de mais um pregão de perdas. Isso porque, na véspera, o ETF EWZ, que representa o mercado brasileiro nos EUA, caiu 1,51% em meio ao pessimismo sobre a agenda de privatizações, após o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., pedir demissão. No mercado de câmbio à vista, o dólar subiu e voltou para a casa dos 5,50 reais.

Caso Eletrobras

Em anúncio de sua saída, na segunda-feira, Ferreira Jr. disse que a falta de empenho político para a privatização da Eletrobras foi determinante para sua saída. Após o anúncio, as ADRs da Eletrobras negociadas nos Estados Unidos chegaram a despencar 11% e fecharam com queda de mais de 8%. Nesta sessão, as ações da companhia no Brasil devem sentir um duro golpe. A saída de Ferreira Jr. também deve trazer implicações para o mercado como um todo, uma vez que sinaliza algum descompromisso do governo com as pautas econômicas. Wilson Ferreira Jr. irá assumir a presidência da BR Distribuidora.

Ata do Copom

Será divulgada nesta terça a ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada. Na decisão, a autoridade monetária manteve a taxa de juros Selic a 2% ao ano, mas retirou o forward guidance de seu comunicado. Com a retirada do instrumento, que vinha sendo utilizado para sinalizar que os juros se manteriam baixos, sem elevações, abre espaço para um ciclo de alta de juros. Embora a economia brasileira ainda dê tímidos sinais de recuperação, a medida foi tomada, segundo o comunicado, devido à inflação, que vem superando as estimativas de mercado. Investidores esperam que a ata traga mais detalhes sobre o tema.

IPCA

Nesta manhã, o IBGE irá apresentar a primeira prévia do IPCA de janeiro, referente aos 15 primeiros dias do mês. A estimativa é de que o indicador fique em 0,81% em relação ao mês passado e em 4,33% frente aos dados de janeiro de 2020. No ano passado, o IPCA fechou com alta de 4,52%, acima do centro da meta de inflação de 4%. No último boletim Focus, investidores elevaram a perspectiva do IPCA de 2021 de 3,43% para 3,50%. Já as estimativas para a taxa Selic passaram de 3,25% para 3,5%. 

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