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Negociações para trégua, alta da Covid e o que move o mercado

Bolsas europeias sobem mais de 1%, e petróleo recua para US$ 105, à espera de cessar-fogo; lockdowns em Shenzhen e Xangai derrubam ações chinesas

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesnkiy, durante entrevista com a imprensa estrangeira em Kiev (Serviços de Imprensa da Presidência Ucraniana/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2022 às 07h08.

Última atualização em 14 de março de 2022 às 09h03.

Bolsas europeias operam em alta acima de 1% nesta segunda-feira, dia 14 de março, enquanto o petróleo cai cerca de 4%, para US$ 105 o barril do tipo Brent, com investidores otimistas com as perspectivas de um acordo entre os governos de Rússia e Ucrânia para encerrar o conflito militar iniciado em 24 de fevereiro.

As conversas para um cessar-fogo serão retomadas por meio de videoconferência, segundo informações divulgadas. Enquanto isso, a Rússia continua a atacar diferentes cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev.

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Na China, por outro lado, os principais índices fecharam em queda com a notícia de um lockdown parcial em Shenzhen, uma das principais cidades do país e um dos motores da economia local, sendo um importante hub tecnológico. A razão é o aumento do número de casos de Covid, com o reporte de 60 novos casos no domingo.

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A cidade com 17 milhões de habitantes, quase vizinha a Hong Kong, abriga a sede de gigantes de tecnologia como Huawei e Tencent e operações relevantes da Foxcomm, que é a principal fornecedora de componentes da Apple e da Samsung e que anunciou que vai interromper a atividade no local em razão da ordem do governo local.

Em todo o país, foram cerca de 3.400 casos das variantes Omicron e Delta no domingo, o dobro do dia anterior e a maior marca em dois anos, ou seja, desde o início da pandemia. Em Xangai, maior cidade chinesa, escolas, empresas, restaurantes e shoppings foram ordenados a fechar as portas temporariamente.

O aumento do número de novos casos também tem sido reportado em diferentes países europeus, como Alemanha, Reino Unido, Holanda e Itália.

Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 6h45 (de Brasília):

No front internacional, e também no Brasil, a semana que começa tem investidores atentos à reunião do Federal Reserve, o Fed, amanhã e na quarta, dia em que será anunciada a decisão. A expectativa consensual do mercado é a de que, apesar dos temores causados pela guerra e da perspectiva menos animadora para o crescimento econômico, o banco central americano dê início ao processo de aperto monetária na maior economia do mundo.

Brasil: resultados de Gol e Magalu

No Brasil, a semana também reserva a segunda reunião do Copom neste ano, igualmente amanhã e na quarta-feira. A expectativa é a de um novo aumento de 1 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica de juros para 11,75% ao ano.

Porém há no mercado analistas que apontam que o BC pode ser mais rigoroso e subir a taxa Selic em 1,25 ou até 1,5 ponto percentual em razão dos últimos acontecimentos, como a forte alta dos combustíveis e o fato de que o IPCA de fevereiro, divulgado na última sexta-feira, dia 11, veio acima do esperado, indicando uma inflação ainda em trajetória de alta.

Na bolsa brasileira, as atenções estarão também voltadas para a continuação da temporada de resultados do quarto trimestre: Gol (GOLL4), antes da abertura do mercado, Direcional (DIRR3), EcoRodovias (ECOR3) e Magazine Luiza (MGLU3), depois do fechamento, apresentam os seus balanços.

Outra notícia que deve fazer preço é a de que a Aliansce Sonae (ALSO3) deve elevar em cerca de 10% a sua proposta para uma fusão com a brMalls (BRML3), segundo informações do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

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