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MPX: Nova aquisição pode adicionar R$ 1,7 às ações, diz Itaú

Estratégia de investir em carvão é acertada, explicam analistas

Eike Batista, dono do grupo EBX (Marcelo Correa/EXAME)

Eike Batista, dono do grupo EBX (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 06h36.

São Paulo – O foco da MPX Energia (MPXE3), do grupo EBX de Eike Batista, em projetos ligados à geração de energia a partir de fontes térmicas como o carvão é acertada, afirmam os analistas do ItaúBBA em relatório. Segundo eles, os projetos térmicos devem ganhar importância por conta dos controles rígidos do IBAMA para novas usinas hidrelétricas, principalmente às que exigem a criação de reservatórios.

A MPX anunciou ontem a aquisição da Usina Termelétrica de Seival (RS) por 37 milhões de reais da Tractebel Energia. Com a empresa, a MPX espera ter uma economia de aproximadamente 23 milhões de reais em relação ao investimento para a implantação da MPX Sul, que também será suprida pelo carvão da Mina de Seival, controlada pela MPX.
 
"Com a aquisição do projeto da usina termelétrica Seival, a MPX fortalece sua posição no Sul do país, uma região que tipicamente necessita importar energia para atender à sua demanda e tem reduzido potencial hidrelétrico adicional", disse o diretor-executivo da empresa,  Eduardo Karrer, em nota.
 
Segundo os analistas, mais cedo do que tarde, os projetos de usinas de carvão e gás retornarão para os leilões de energia porque o Brasil não pode mais dar ao luxo de confiar exclusivamente nas energias hidráulicas ou eólicas. “Além disso, as rígidas exigências ambientais devem continuar a limitar o desenvolvimento de projetos de hidrelétricas, especialmente para aqueles localizados na região da Amazônia”, escreveram Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi.
 
“Vemos essa aquisição como um movimento estratégico para a MPX nesse contexto, porque é provável que reforce a competitividade da companhia nos próximos leilões de energia nova. Ademais, essa aquisição confirma a MPX como um perseguidor ativo por oportunidades de crescimento”, ressaltam os analistas. Segundo os cálculos do Itaú, o desenvolvimento do projeto Seival pode adicionar R$ 1,7 ao preço-alvo da MPX.
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