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Moody's: FSE tem perspectiva negativa

A agência adverte que uma redução da nota do Fundo é "cada vez mais provável" nos próximos 12 a 18 meses

"A revisão para baixo reflete a incerteza em relação à maneira como o governo administrará a YPF", afirmou a agência (Joel Saget/AFP)

"A revisão para baixo reflete a incerteza em relação à maneira como o governo administrará a YPF", afirmou a agência (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 23h26.

Nova York - A agência de classificação financeira Moody's tornou negativa a perspectiva do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FESF), um dia após adotar a mesma medida para Alemanha, Holanda e Luxemburgo.

Esta revisão observa "as recentes mudanças de perspectiva operadas pela Moody's sobre as notas dos Estados da zona do euro, avalistas do FESF", destaca a agência, que mantém o triplo A para o fundo de resgate.

Na segunda-feira, a Moody's passou de "estável à negativa" a perspectiva de Alemanha, Holanda e Luxemburgo, três países que também possuem a nota Aaa", devido à "crescente incerteza" na zona do euro e à "forte probabilidade" de que seja necessário conceder uma nova ajuda aos países em dificuldades.

A Moody's manteve a nota Aaa do FESF, estimando que o Fundo continua gozando "da plena garantia dos países membros (da zona do euro) classificados de triplo A", a melhor nota possível.

Mas a agência adverte que uma redução da nota do Fundo é "cada vez mais provável" nos próximos 12 a 18 meses, especialmente se seus principais contribuintes, incluindo a França, sofrerem redução de suas notas.


Estabelecido em 2010 para apoiar os países em dificuldades financeiras, o Fundo capta dinheiro nos mercados com a garantia dos Estados da zona do euro, proporcionalmente a sua participação no capital do Banco Central Europeu.

O Fundo toma empréstimos a taxas muito vantajosas para apoiar os países em dificuldades com créditos mais baratos que os oferecidos pelos mercados.

As primeiras obrigações do FESF, em janeiro de 2011, foram destinadas a ajudar a Irlanda.

O FESF também já socorreu Portugal e a Grécia, que obteve 25 bilhões de euros para o Fundo Grego de Estabilização (Hellenic Financial Stability fund) para recapitalizar os bancos do país.

Os Bancos espanhóis também devem receber apoio do Fundo.

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