Exame Logo

Microsoft, Intel e outras blue chips aterrissam na BM&FBovespa

Meta da bolsa brasileira é de disponibilizar 100 companhias estrangeiras até o final de 2011

Estreia dos 10 novos BDRs não patrocinados na bolsa; apenas o papel do Citi foi negociado (Gustavo Kahil/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 18h38.

São Paulo – As ações de empresas como Microsoft, Intel e General Electric estrearam hoje no pregão da BM&FBovespa. Trata-se do segundo lote de papéis de estrangeiras listadas na bolsa brasileira. Com elas, já são vinte as blue chips de empresas com sede no exterior negociadas por aqui. Alcoa, Cisco, Citigroup, Freeport-McMoran, Procter & Gamble, Merck e Wells Fargo também fazem parte da lista de novatas. Os papéis do Citi foram os únicos negociados. Foram duas operações que giraram 142 mil reais e envolveram 4 mil BDRs do banco.

Segundo Roberto Serwaczak, diretor-presidente da Citi Corretora, a escolha dos papéis levou em conta, além da alta liquidez no mercado de origem, a representatividade dos setores no Brasil. “O setor de tecnologia tem pouca expressão no mercado nacional. Por isso temos nomes como Microsoft e Intel”, destacou durante o evento de estreia realizado hoje em São Paulo. Serwaczak explica ainda que os papéis podem ser utilizados em estratégias de hedge. “O gestor pode estar positivo com o consumo no Brasil e com uma posição contrária para o consumo no mundo”, afirma. O Citi foi o responsável pela emissão dos papéis.
Por serem BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não patrocinados, ou seja, certificados dos papéis que negociam fora do Brasil, essas empresas não tem o capital aberto no país e, portanto, não respondem às regras do regulador brasileiro do mercado de capitais. Os investidores pessoas físicas só poderão adquirir os papéis por meios de fundos de investimentos, principalmente os multimercados. Além deles, instituições financeiras e profissionais que trabalham no mercado financeiro poderão negociar.
Pedro Guerra, diretor executivo de produtos transacionais do Citibank, explica que bateu nas portas de todas as empresas selecionadas para o novo lote de BDRs não patrocinadas, apesar disso não ser necessário. Segundo ele, o lançamento poderá aumentar o apetite de outras empresas e preparar o terreno para os BDRs patrocinados em um segundo momento. O Citi atuará como o formador de mercado aos papéis listados hoje, com exceção dos BDRs do próprio banco.
Liquidez
Em outubro deste ano, outros dez papéis (Google, Arcelor Mittal, BHP Billiton, Wal Mart, Exxon Mobil, Mc Donald's e Pfizer, Avon e Goldman Sachs) estrearam na bolsa. Emitidos pelo Deutsche Bank, o início das negociações também foi marcado por uma baixa liquidez. Os dez papéis foram negociados apenas 54 vezes, girando um volume de R$2,87 milhões. Desde então, os mais negociados foram os da Apple, com 43 negócios e um giro financeiro de  R$ 1,839 milhão. O maior volume ficou com o Google. As ações da gigante da internet foram transacionadas  25 vezes, com um valor de R$ 1,917 milhão.
Apesar da baixa liquidez, a expectativa é de que o segmento ganhe corpo com a possível liberação dos fundos de pensão para negociar esses tipos de papéis, considerados investimentos no exterior. Julio Ziegelmann, diretor de renda variável da BM&FBovespa, revelou que entrou em contato com a CVM há cerca de um mês para pedir a autorização para os fundos de pensão. “Além disso, os fundos de pensão precisam mudar o regulamento para possibilitar o investimento no exterior”, explica Ziegelmann, lembrando que as estratégias normalmente são definidas no começo do ano.
A BM&FBovespa parece ter apostado alto no segmento. Edemir Pinto, diretor executivo da bolsa, revelou que a meta é listar 100 BDRs não patrocinados até o final do ano. Em outubro, a estimativa era de 80 empresas. Na bolsa do México (BMV), por exemplo, as negociações com os papéis de empresas estrangeiras já representam 30% do volume. Na BMV, o número de empresas disponíveis chega a 293. Além dos Estados Unidos, há empresas da França, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Finlândia, Japão, China, entre outros. Veja a lista.

Veja também

São Paulo – As ações de empresas como Microsoft, Intel e General Electric estrearam hoje no pregão da BM&FBovespa. Trata-se do segundo lote de papéis de estrangeiras listadas na bolsa brasileira. Com elas, já são vinte as blue chips de empresas com sede no exterior negociadas por aqui. Alcoa, Cisco, Citigroup, Freeport-McMoran, Procter & Gamble, Merck e Wells Fargo também fazem parte da lista de novatas. Os papéis do Citi foram os únicos negociados. Foram duas operações que giraram 142 mil reais e envolveram 4 mil BDRs do banco.

Segundo Roberto Serwaczak, diretor-presidente da Citi Corretora, a escolha dos papéis levou em conta, além da alta liquidez no mercado de origem, a representatividade dos setores no Brasil. “O setor de tecnologia tem pouca expressão no mercado nacional. Por isso temos nomes como Microsoft e Intel”, destacou durante o evento de estreia realizado hoje em São Paulo. Serwaczak explica ainda que os papéis podem ser utilizados em estratégias de hedge. “O gestor pode estar positivo com o consumo no Brasil e com uma posição contrária para o consumo no mundo”, afirma. O Citi foi o responsável pela emissão dos papéis.
Por serem BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não patrocinados, ou seja, certificados dos papéis que negociam fora do Brasil, essas empresas não tem o capital aberto no país e, portanto, não respondem às regras do regulador brasileiro do mercado de capitais. Os investidores pessoas físicas só poderão adquirir os papéis por meios de fundos de investimentos, principalmente os multimercados. Além deles, instituições financeiras e profissionais que trabalham no mercado financeiro poderão negociar.
Pedro Guerra, diretor executivo de produtos transacionais do Citibank, explica que bateu nas portas de todas as empresas selecionadas para o novo lote de BDRs não patrocinadas, apesar disso não ser necessário. Segundo ele, o lançamento poderá aumentar o apetite de outras empresas e preparar o terreno para os BDRs patrocinados em um segundo momento. O Citi atuará como o formador de mercado aos papéis listados hoje, com exceção dos BDRs do próprio banco.
Liquidez
Em outubro deste ano, outros dez papéis (Google, Arcelor Mittal, BHP Billiton, Wal Mart, Exxon Mobil, Mc Donald's e Pfizer, Avon e Goldman Sachs) estrearam na bolsa. Emitidos pelo Deutsche Bank, o início das negociações também foi marcado por uma baixa liquidez. Os dez papéis foram negociados apenas 54 vezes, girando um volume de R$2,87 milhões. Desde então, os mais negociados foram os da Apple, com 43 negócios e um giro financeiro de  R$ 1,839 milhão. O maior volume ficou com o Google. As ações da gigante da internet foram transacionadas  25 vezes, com um valor de R$ 1,917 milhão.
Apesar da baixa liquidez, a expectativa é de que o segmento ganhe corpo com a possível liberação dos fundos de pensão para negociar esses tipos de papéis, considerados investimentos no exterior. Julio Ziegelmann, diretor de renda variável da BM&FBovespa, revelou que entrou em contato com a CVM há cerca de um mês para pedir a autorização para os fundos de pensão. “Além disso, os fundos de pensão precisam mudar o regulamento para possibilitar o investimento no exterior”, explica Ziegelmann, lembrando que as estratégias normalmente são definidas no começo do ano.
A BM&FBovespa parece ter apostado alto no segmento. Edemir Pinto, diretor executivo da bolsa, revelou que a meta é listar 100 BDRs não patrocinados até o final do ano. Em outubro, a estimativa era de 80 empresas. Na bolsa do México (BMV), por exemplo, as negociações com os papéis de empresas estrangeiras já representam 30% do volume. Na BMV, o número de empresas disponíveis chega a 293. Além dos Estados Unidos, há empresas da França, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Finlândia, Japão, China, entre outros. Veja a lista.
Acompanhe tudo sobre:AçõesAlimentaçãoBancosBDRCitibankCitigroupComércioEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaFast foodFranquiasIntelMcDonald'sMicrosoftP&G (Procter & Gamble)RestaurantesTecnologia da informação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame