Banco na Coreia do Sul: semana de dólar em alta e bolsas em queda livre (Kim Hong-Ji/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 21h06.
Última atualização em 3 de dezembro de 2024 às 21h12.
As bolsas da Coreia do Sul operavam em queda na abertura, com os investidores de olho nas repercussões da revogação da lei marcial no país e na possibilidade de um impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. Às 21h04, no horário de Brasília (9h04 da manhã na Coreia do Sul), o principal índice sul-coreano (KOSPI) registrava queda de cerca de 2%.
O Citi Research afirmou que o impacto negativo na economia e nos mercados pode ter curta duração, segundo a Bloomberg. A promessa das autoridades financeiras de oferecer "liquidez ilimitada", se necessário, é uma das medidas que pode ajudar a minimizar os impactos econômicos da declaração de lei marcial, disseram os economistas Jin-Wook Kim e Jiuk Choi, ainda de acordo com o site norte-americano.
Yoon anunciou por volta das 4h30 de quarta-feira, no horário local (16h30 de terça-feira em Brasília), a revogação da lei marcial que havia sido decretada cinco horas antes. A decisão foi criticada pela oposição, que a classificou como uma tentativa de golpe de Estado.
A medida foi derrubada pelo Congresso durante uma votação na madrugada. De acordo com a Constituição do país, o presidente é obrigado a suspender a lei marcial caso a maioria dos parlamentares se manifeste contra sua implementação.
Anunciada de surpresa por Yoon, a lei marcial gerou uma crise política, com a oposição alertando que ela poderia abrir espaço para um golpe de Estado. Sob essa medida, as atividades do Parlamento seriam suspensas por tempo indeterminado, permitindo a prisão de pessoas sem mandado judicial e o controle governamental sobre o conteúdo da imprensa e demais meios de comunicação.