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Maioria das Bolsas da Europa fecha em baixa; ações da Novo Nordisk caem mais de 1,5%

Papéis da compamnhia cederam, com projeção de que os preços dos remédios para tratamento contra obesidade podem cair

Sede da Novo Nordisk, na Dinamarca (Christian Schultz/Getty Images)

Sede da Novo Nordisk, na Dinamarca (Christian Schultz/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de março de 2024 às 15h52.

As Bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, mas na grande maioria em queda, após os dados do mercado de trabalho norte-americano em fevereiro não gerarem um ajuste forte das expectativas sobre o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) poderá dará início ao ciclo de alívio monetário. Os investidores também ponderavam sinalizações sobre a postura do Banco Central Europeu em relação às taxas de juros na zona do euro.

Os papéis da Novo Nordisk cederam, com projeção de que os preços dos remédios para tratamento contra obesidade podem cair. Na véspera, a companhia farmacêutica dinamarquesa que fabrica o Ozempic havia ultrapassado a norte-americana Tesla em valor de mercado.

Entre os principais mercados da região, o FTSE 100, de Londres, cedeu 0,43%, aos 7.659,74 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,16%, aos 17.814,51 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, subiu 0,15%, para encerrar em 8.028,01 aos pontos. As cotações são preliminares.

As ações da Novo Nordisk recuaram 1,59%, depois que o CEO da companhia, Lars Fruergaard Jørgensen, alertou que os preços dos medicamentos para perda de peso podem cair à medida que mais pessoas procuram tratamento.

A empresa, no entanto, ultrapassou a gigante Tesla em valor de mercado na quinta-feira. Na sessão da quinta-feira, a Tesla aparecia com um valor de mercado de US$ 569 bilhões, enquanto tanto as ações da Novo Nordisk listadas nos EUA quanto suas ações dinamarquesas mostravam uma capitalização de mercado, convertida em dólares, de cerca de US$ 604 bilhões, de acordo com a FactSet.

Nos EUA, o payroll mostrou geração de vagas acima do esperado em fevereiro, mas ganhos abaixo do previsto nos salários e com revisões para baixo nos postos criados nos dois meses anteriores.

Divulgado mais cedo, o PIB da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, segundo leitura final divulgada nesta sexta-feira pela Eurostat. Na Alemanha, a produção industrial de janeiro aumentou 1% ante o mês anterior, mais do que o esperado. Também em janeiro, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) alemão teve queda anual de 4,4%, menor do que o recuo de 5,1% de dezembro.

Na véspera, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reafirmou que o corte de juros na zona do euro virá antes que a inflação bata a meta de 2% da instituição, mas também renovou a cautela sobre o quadro.

O Ibex 35 fechou com variação negativa de 0,13%, a 10.305,70 pontos. As ações da Grifols saltaram 20,4%. A empresa farmacêutica espanhola publicou suas contas de 2023 com uma opinião sem reservas da KPMG, sugerindo que o auditor considerou as suas demonstrações financeiras foram apresentadas de forma justa, disseram analistas da AlphaValue em um comentário. Na semana passada, a Grifols, com sede em Barcelona, disse que a KPMG indicou que esperava concluir os seus procedimentos internos e emitir um parecer de auditoria até sexta-feira.

Nos demais mercados, o FTSE MIB, de Milão, teve variação negativa de 0,04%, a 33.403,80 pontos; em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,60%, aos 6.155,48 pontos. As cotações são preliminares.

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