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Localiza e Unidas avançam 4% com aprovação da fusão pelo Cade

Negócio anunciado em setembro de 2020 estava pendente de aprovação no órgão antitruste e era contestado por concorrentes em razão da concentração de mercado

Fusão de Localiza com Unidas une os dois maiores players do mercado de locação de automóveis | Foto: Localiza Hertz/Divulgação (Localiza Hertz/Divulgação)

Fusão de Localiza com Unidas une os dois maiores players do mercado de locação de automóveis | Foto: Localiza Hertz/Divulgação (Localiza Hertz/Divulgação)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 13h57.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 19h15.

As ações de Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) ficaram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira, dia 15, com a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de aprovar a fusão entre as duas empresas. Os papéis da Unidas subiram 4,43%, enquanto os da Localiza tiveram ganhos de 3,13% no fechamento.

A compra da Unidas pela Localiza havia sido anunciada em setembro de 2020 e, desde então, estava pendente de aprovação junto ao órgão antitruste. A Localiza é a líder do setor de locação de veículos, enquanto a Unidas é a sua principal concorrente, o que poderia gerar concentração excessiva de mercado, na avaliação do Cade. 

Ainda assim, o órgão aprovou a operação mediante alguns “remédios que mitiguem riscos à concorrência”, como a venda "significativa" de ativos, incluindo a marca Unidas. Com a fusão das duas companhias, apenas a Movida (MOVI3) agora é capaz de rivalizar com o novo negócio. Os papéis da Movida fecharam em queda de 0,49%.

O caso foi decidido pelo presidente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, que acompanhou voto da relatora Lenisa Prado: ela considerou que os remédios propostos para tentar evitar prejuízo à concorrência são suficientes.

Na ponta oposta, a conselheira Paula Farani considerou que a operação anunciada no ano passado, em que a Localiza apresentou a oferta de compra da Unidas por cerca de 12 bilhões de reais, é uma "fusão em direção ao monopólio". O voto dela foi acompanhado pelo conselheiro Sérgio Ravagnani, que considerou que os desinvestimentos propostos, não informados durante a sessão, "são insuficientes" para mitigar os riscos à competição.

(Com a Reuters)

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