Mercados

Lemann pode pagar mais de US$ 100 bilhões por SABMiller

Ações da SABMiller dispararam após confirmação do interesse da AB InBev na empresa


	Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital: controlada do grupo, AB Inbev, vai fazer oferta pela SABMiller
 (André Dusek / AE)

Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital: controlada do grupo, AB Inbev, vai fazer oferta pela SABMiller (André Dusek / AE)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 09h38.

São Paulo - Depois que a Anheuser-Busch InBev, controlada pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira e pela Interbrew, admitiu seus planos para adquirir a SABMiller, as ações da SAB subiram 20% em Londres nesta quarta-feira (16). Os papéis da empresa estão cotados a 3.614 libras esterlinas. 

Com isso, o valor de mercado da empresa, que até ontem era de 75 bilhões de dólares, hoje chegava aos 58 bilhões de libras esterlinas, algo em torno de 90 bilhões de dólares. Antes do pregão de hoje, as ações da SABMiller acumulavam uma queda de 18% no ano. 

“Levando em consideração que o preço das ações da SAB tem apresentado um resultado fraco nos últimos 12 meses, isso torna um acordo muito mais acessível”, afirma Trevor Stirling, analista do banco Sanford C. Bernstein, em nota.

Stirling diz ainda que qualquer oferta teria que ser feita avaliando as ações da companhia a um preço de 3.900 libras, pelo menos. O que resultaria em um valor total de quase 98 bilhões de dólares. 

De acordo com a média da estimativa de cinco analistas compilada pela Bloomberg, a dona da Budweiser pode ter que desembolsar mais de 4.200 libras para cada ação da sua rival, o que, no total, ultrapassaria os 104 bilhões de dólares.

De acordo com a Bloomberg, a SABMiller estaria aberta a discussões e disposta a considerar um valor que fornecesse um bom dinheiro para os seus acionistas. A AB Inbev ainda não fez sua oferta.

Caso se concretize, a aquisição da SABMiller pode ser a maior da história da indústria de cerveja e a nova empresa pode se tornar a maior do mundo no setor controlando cerca de 30% do mercado mundial de cervejas. O portfólio passaria a incluir marcas como Budweiser, Corona, Stella Artois, Beck’s Hoegaarden, Skol, Victoria Bitter, Miller, Aguila, Peronie e Pilsner Urquell.

As ações da AB Inbev subiram 6,4% na bolsa de Bruxelas e eram cotadas a 100,5 euros, o equivalente a 113,3 dólares. Aqui na Bovespa as ações da Ambev subiram 2% e fecharam o pregão de hoje cotadas a 19,45 reais.

Acompanhe tudo sobre:3G-Capitalab-inbevAmbevBebidasBilionários brasileirosBudweiserCoronaEmpresasEmpresas abertasEmpresas belgasJorge Paulo LemannModelosPersonalidadesSABMillerSkol

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off