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Kodak pode ser excluída da Bolsa de Nova York

Alguns especialistas especulam sobre a possibilidade de uma concordata. Empresa está há mais de 30 dias consecutivos com ações valendo menos de um dólar

Um porta-voz da Kodak disse não ter comentários adicionais, na terça-feira, limitando-se a confirmar o comunicado (Scott Olson/Getty Images)

Um porta-voz da Kodak disse não ter comentários adicionais, na terça-feira, limitando-se a confirmar o comunicado (Scott Olson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 09h18.

A Eastman Kodak pode ser excluída da Bolsa de Nova York caso não consiga alcançar um aumento no valor de suas ações no prazo de seis meses, no mais recente revés para a companhia, que já foi líder no segmento fotográfico e considerada como ação de primeira linha.

A empresa, cujas ações caíram em mais de 80 por cento em 2011, recebeu um alerta da Bolsa de Nova York, em que foi notificada que há mais de 30 dias consecutivos suas ações tinham cotação inferior a 1 dólar.

As ações, que em 1997 eram cotadas na casa dos 90 dólares, fecharam a 0,76 dólar na sexta-feira.

A Kodak informou em comunicado que pode não ser capaz de cumprir os requisitos da Bolsa de Nova York para que suas ações continuem a ser negociadas em pregão "dados os desafios de liquidez que a companhia enfrenta e a recente experiência de mercado de nossos títulos cotados em bolsa".

A fim de manter suas ações na bolsa, a Kodak tem seis meses para obter um preço de fechamento da ordem de, pelo menos, 1 dólar no último dia útil de qualquer mês, e preço médio de ao menos 1 dólar nos 30 dias úteis de operação anteriores.

Um porta-voz da Kodak disse não ter comentários adicionais, na terça-feira, limitando-se a confirmar o comunicado.

A gigante da fotografia, que contava com reservas de caixa de 862 milhões de dólares no final de setembro, ou 1,4 bilhão de dólares a menos que no ano anterior, alertou em novembro que poderia não sobreviver até o final de 2012 se não conseguisse colocar 500 milhões de dólares em novos títulos de dívida ou vender patentes.

No final de dezembro, a companhia anunciou a saída de três conselheiros, entre os quais, dois representantes do fundo de capital privado KKR & Co e um professor da Universidade da Califórnia, o que levou alguns especialistas do setor a especular sobre a possibilidade de uma concordata.

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