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Juros terminam perto da estabilidade

Nesta quarta, nem mesmo a queda do dólar ante o real e a retração dos yields dos Treasuries conseguiram garantir uma direção mais firme aos juros domésticos


	Telão da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (13.060 contratos) tinha taxa de 10,77%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (13.060 contratos) tinha taxa de 10,77% (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 17h26.

São Paulo - Em um pregão mais curto e de liquidez estreita, as taxas futuras de juros terminaram muito perto da estabilidade, com os investidores em compasso de espera pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, os agentes estarão em busca de indícios sobre o quão perto está o fim do ciclo de aperto monetário.

Nesta quarta, nem mesmo a queda do dólar ante o real e a retração dos yields dos Treasuries conseguiram garantir uma direção mais firme aos juros domésticos.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (13.060 contratos) tinha taxa de 10,77%, exatamente no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (40.320 contratos) projetava 11,06%, de 11,07% na sexta-feira. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (84.605 contratos) indicava 12,28%, de 12,26%. O DI para janeiro de 2021 (3.905 contratos) estava em 12,72%, de 12,70% no ajuste anterior.

"O mercado já teve um ajuste importante na semana passada, agora vai observar a ata, mas também não deve haver grandes surpresas e a tendência é de que o BC justifique a redução do ritmo de aperto, mas deixe a porta aberta para uma nova elevação da Selic", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

No noticiário interno, o HSBC informou que o PMI de serviços do Brasil voltou a se expandir, ao subir de 49,6 em janeiro para 50,8 em fevereiro, e o Banco Central divulgou hoje os resultados da pesquisa Focus, que normalmente saem na segunda-feira.

A projeção para a inflação este ano foi mantida em 6,00%, mas a expectativa para a Selic no fim de 2014 caiu para 11,13%, de 11,25%, enquanto a previsão para o PIB teve alta para 1,70%, de 1,67%. A atenção do mercado está voltada para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai amanhã.

Nos EUA, a ADP revelou que o setor privado criou 139 mil vagas de trabalho em fevereiro, abaixo da previsão de 160 mil postos dos analistas ouvidos pela Dow Jones.

O ISM, por sua vez, divulgou que a atividade no setor de serviços caiu para 51,6 em fevereiro, ante projeção de uma leitura de 53,5. Já o relatório Livro Bege, do Federal Reserve, não trouxe grandes novidades, afirmando apenas que a economia se expandiu em um ritmo de modesto a moderado em janeiro e início de fevereiro e que o frio intenso em Nova York e Filadélfia prejudicou a atividade.

Enquanto isso, o PMI composto da zona do euro, que inclui os setores industrial e de serviços, subiu para 53,3 em fevereiro, atingindo o maior nível em 32 meses, segundo dados da Markit.

Já a China confirmou as metas para este ano de crescimento do PIB (7,5%), inflação (3,5%) e aumento da base monetária M2 (13%), todas iguais às do ano passado, anunciadas na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo.

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