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Juros terminam com leve alta, mas caem na semana

Os últimos pregões foram marcados pela volatilidade e baixo volume de negociação, com os investidores cautelosos antes da reunião do Federal Reserve


	Sede da Bovespa: juros futuros atingiram as máximas do pregão no meio da tarde e voltaram para os ajustes desta quinta-feira, 12
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Sede da Bovespa: juros futuros atingiram as máximas do pregão no meio da tarde e voltaram para os ajustes desta quinta-feira, 12 (Yasuyoshi/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 16h19.

São Paulo - Os juros futuros fecharam com leve alta nesta sexta-feira, 13, mas acumularam quedas na semana, após o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, assegurar no dia 6 que o programa de swap cambial lançado em agosto continuará em 2014, o que minimizou um dos riscos precificados pelo mercado.

De qualquer forma, os últimos pregões foram marcados pela volatilidade e baixo volume de negociação, com os investidores cautelosos antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos), na terça, 17, e quarta-feira, 18.

Os juros futuros atingiram as máximas do pregão no meio da tarde e voltaram para os ajustes desta quinta-feira, 12, num movimento de recuperação técnica após a queda da manhã, provocada, principalmente, pelos dados sobre deflação nos EUA. Internamente, o positivo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e a redução das perdas do dólar contribuíram para suavizar a pressão sobre as taxas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (32.200 contratos) estava em 10,06%, de 10,05% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (155.045 contratos) indicava 10,51%, de 10,48% no ajuste desta quinta-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (228.475 contratos) apontava máxima de 12,03%, ante 12,01% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (10.520 contratos) marcava 12,70%, também máxima, de 12,65% no ajuste anterior.

Os preços no atacado dos EUA caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, no último sinal de que as pressões inflacionárias estão se enfraquecendo num momento em que o Fed considera reverter sua política de estímulos.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país recuou 0,1% em novembro ante outubro, segundo dados do Departamento do Trabalho. Com a inflação baixa, a leitura é de que o banco central dos EUA teria espaço para manter sua política de estímulos por mais tempo.

O ex-vice-presidente do Fed, Donald Kohn, que chegou a ser cotado para suceder Ben Bernanke no comando da instituição no próximo ano, disse hoje que não reduziria as compras mensais de bônus este mês, apesar de entender a vontade de alguns membros da autoridade monetária de cortar os estímulos, em função dos riscos de bolhas e inflação que eles podem gerar.

No cenário interno, o Banco Central divulgou hoje que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 0,77% em outubro ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (+0,50%), mas dentro do intervalo das estimativas (0,20% a 0,90%).

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em uma entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o PIB de 2014 deve ser "um pouquinho maior" do que o deste ano e que a meta de superávit primário será cumprida sem manobras. "O fiscal não vai nos atrapalhar no ano que vem", garantiu.

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