Mercados

Juros sobem em reação a pesquisas eleitorais

No fechamento da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou a 10,81%, na máxima, com 698.245 contratos, de 10,78% no ajuste de ontem


	Bovespa: pesquisas trouxeram um pouco mais de racionalidade ao mercado
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: pesquisas trouxeram um pouco mais de racionalidade ao mercado (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 17h36.

São Paulo - Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão desta quinta-feira, 04, o movimento de alta que puxou as taxas para cima desde a abertura dos negócios, influenciados por um ajuste aos resultados das pesquisas eleitorais de ontem, que não confirmaram o cenário de melhora do desempenho da candidata do PSB, Marina Silva, nas intenções de voto como se esperava.

No fechamento da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou a 10,81%, na máxima, com 698.245 contratos, de 10,78% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 estava em 11,34% (192.025 contratos), de 11,26% no ajuste da véspera.

O DI para janeiro de 2017, com 289.820 contratos, terminou em 11,27% (máxima), de 11,14% no ajuste anterior.

Com 189.930 contratos, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,00%, de 10,92% no ajuste de quarta-feira.

No levantamento Ibope, Marina subiu de 29% para 33% e a presidente Dilma Rousseff (PT), de 34% para 37%.

As duas estão empatadas tecnicamente, no limite da margem de erro. Em um segundo turno entre ambas, Marina venceria por 46% a 39%, se a eleição fosse hoje.

Já o Datafolha mostrou que a candidata do PSB permaneceu na casa dos 34%, enquanto Dilma chegou a 35% das intenções de voto, de 34% na sondagem anterior.

Ambas seguem na situação de empate técnico. Na disputa de um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, o Datafolha confirma que a candidata do PSB que venceria, por 48% contra 41% da petista.

Operadores nas mesas de renda fixa consideram até "saudável" para o mercado o ajuste de hoje, por avaliarem que os prêmios de risco desceram a níveis muito baixos nos últimos dias, quando a curva passou a mostrar inclinação negativa e apostas de corte da Selic a partir do final de 2015, caso a oposição vença a eleição.

Nesse sentido, as pesquisas trouxeram um pouco mais de racionalidade ao mercado, ao apontarem que a posição de Marina Silva não é tão confortável quanto se precificava.

Já a opção do Copom de manter a Selic em 11,00% ao ano, ontem, estava totalmente ajustada na curva.

Contudo, nos contratos de curto prazo, houve uma ligeira correção à retirada do termo "neste momento" no comunicado do Comitê, que no encontro de julho acompanhava o anúncio da decisão.

O mercado interpretou a alteração a uma provável intenção do Banco Central de manter o juro básico no atual patamar por um período prolongado.

Ainda que por motivos diferentes, a curva doméstica teve a mesma trajetória da curva norte-americana, em que as taxas dos Treasuries subiram.

A taxa da T-Note de dez anos estava em 2,448%, de 2,399% no final da tarde de ontem.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

A bolsa da América do Sul que pode ser uma das mais beneficiadas pela IA

Ibovespa fecha em queda com incertezas fiscais no radar; dólar sobe para R$ 5,59

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Reunião de Lula sobre corte de gastos e decisão de juros na Europa: o que move o mercado

Mais na Exame