Mercados

Juros recuam, pressionados por dólar e produção industrial

Apesar da queda dos juros futuros na sessão, a curva a termo continua a precificar majoritariamente uma elevação de 0,50 da taxa Selic em março


	Bovespa: no fim do pregão regular, contrato de DI com vencimento em abril de 2015 fechou com taxa de 12,290%
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: no fim do pregão regular, contrato de DI com vencimento em abril de 2015 fechou com taxa de 12,290% (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 16h34.

São Paulo - O declínio do dólar, dados fracos da produção industrial e especulações sobre mudanças no comando da Petrobras resultaram em baixa das taxas de juros futuras nesta terça-feira, 3.

A notícia, divulgada no fim dos negócios no mercado de renda fixa, de que a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating da Petrobras de BBB para BBB-, um nível acima da perda do grau de investimento, não teve impacto sobre as taxas de juros futuras.

A agência também colocou os ratings em observação negativa.

O rebaixamento veio depois de circularem mais cedo rumores sobre mudanças no comando da Petrobras que provocaram forte alta das ações da companhia.

A presidente Dilma Rousseff participa nesta tarde de reunião com a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Apesar da queda dos juros futuros na sessão, a curva a termo continua a precificar majoritariamente uma elevação de 0,50 da taxa Selic em março.

Na quarta-feira passada, um dia antes da divulgação da ata da última reunião da instituição, a possibilidade dessa alta era de apenas 3%.

Dados da produção industrial divulgados pela manhã mostraram resultados fracos.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ainda que a atividade industrial caiu 2,8% em dezembro na comparação com novembro, na série com ajuste sazonal, superando a mediana das estimativas, que era de -2,10%.

Na comparação com dezembro de 2013, a produção industrial caiu 3,2%, também acima da mediana de -2,40%.

Também foi anunciado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação da cidade de São Paulo.

O indicador subiu 1,62% na quarta quadrissemana de janeiro.

O número representa uma aceleração em relação à terceira leitura do mês, quando o índice avançou 1,27%.

Nos 12 meses até janeiro, o IPC acumula avanço de 5,91%. O coordenador do IPC, André Chagas, elevou a projeção para a inflação de 2015 na capital paulista.

De acordo com ele, a estimativa foi revista de 4,99% para 5,30%, por causa de novas pressões relacionadas à tarifa de energia elétrica e aos combustíveis.

No fim do pregão regular do mercado de renda fixa na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (41.485 contratos) fechou com taxa de 12,290%, ante 12,300% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (144.620 contratos) registrou 12,76%, de 12,85%.

O DI para janeiro de 2017 (229.105 contratos) terminou com 12,50%, de 12,62%.

O contrato com vencimento em janeiro de 2021 fechou com taxa de 12,00%, ante 12,08% no ajuste anterior.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Petrobras cai até 3% com reação ao plano de compra de 40% de campo de petróleo na Namíbia

Ações da Heineken caem após perda de quase US$ 1 bilhão na China

Ibovespa fecha em queda nesta segunda-feira puxado por Petrobras

Entenda por que o mercado ficará de olho no Banco Central do Japão nesta semana

Mais na Exame