Mercados

Juros longos recuam com exterior ameno e baixa do dólar

O movimento esteve alinhado ao comportamento do dólar, que recuou ante o real após três sessões de ganhos


	Bovespa: taxas de curto prazo mostraram resistência e encerraram perto da estabilidade
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: taxas de curto prazo mostraram resistência e encerraram perto da estabilidade (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 17h17.

São Paulo - Em um pregão mais calmo no exterior nesta sexta-feira, 17, as taxas dos contratos futuros de juros com prazos mais longos passaram por uma correção de baixa, apagando os excessos dos últimos dias.

O movimento esteve alinhado ao comportamento do dólar, que recuou ante o real após três sessões de ganhos.

As taxas de curto prazo, no entanto, mostraram resistência e encerraram perto da estabilidade, com a percepção de que o Banco Central terá de ajustar o nível da Selic (a taxa básica de juros) neste ou no próximo ano, diante do atual patamar do IPCA e dos preços represados da economia.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa,a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 11,000%, de 10,995% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 indicava 12,94%, de 12,03% na véspera.

O DI para janeiro de 2017 apontava 12,98%, de 12,12% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,40%, de 11,59% ontem.

Sinais de alguns dos principais bancos centrais do mundo minimizaram o clima de aversão ao risco dos últimos dias.

Ontem, comentários do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, levantaram a possibilidade de o Fed estender por mais tempo as compras de bônus.

Hoje, o BC da Inglaterra disse que as taxas básicas de juros no país poderiam permanecer baixas por mais tempo.

Além disso, fontes afirmaram que o PBoC (o BC chinês) pode injetar até 200 bilhões de yuans (US$ 32,8 bilhões) em 20 bancos.

Na Europa, Benoît Coeuré, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), disse que a instituição continuará provendo liquidez à economia real.

No Brasil, pela manhã foi informado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,34% na segunda leitura de outubro, acelerando-se ante a alta de 0,32% registrada na primeira prévia do mês.

Já o Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 0,4% em setembro, sendo que três dos oito componentes contribuíram positivamente para o índice no mês passado.

Por sua vez, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais, avançou 0,1% em setembro, sendo que três dos seis componentes contribuíram positivamente.

Já o debate de ontem entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) não influenciou de forma decisiva as cotações.

Os investidores aguardam agora nova pesquisa eleitoral do instituto Sensus, que pode sair no fim de semana, e novo debate entre os candidatos, marcado para o domingo.

No câmbio, o dólar à vista negociado no balcão recuou 1,34%, aos R$ 2,4360.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame