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Juros futuros disparam junto à arrancada do dólar

O movimento resulta da forte valorização do dólar ante o real, que se aproximou de R$ 2,40 neste pregão, apesar de duas intervenções do Banco Central

Telão da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (856.110 contratos) marcava 9,20% (Alexandre Battibugli/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 17h08.

São Paulo - As taxas futuras de juros dispararam nesta sexta-feira e passaram a indicar apostas em uma Selic de, pelo menos, 10% no fim do ano. O movimento resulta da forte valorização do dólar ante o real, que se aproximou de R$ 2,40 neste pregão, apesar de duas intervenções do Banco Central.

Além disso, os juros dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos) tiveram alta expressiva, contribuindo para o acúmulo de prêmios nos vencimentos mais longos. Segundo operadores, o comportamento do mercado é "exagerado", mas pode permanecer, caso o dólar mantenha o vigor atual.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (856.110 contratos) marcava 9,20%, de 9,01% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (594.175 contratos) indicava taxa de 10,33%, de 10,06% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.475 contratos) apontava 11,61%, ante 11,45% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (20.555 contratos) estava em 11,89%, de 11,79%.

"Quando Mantega afirmou que o dólar tem um novo patamar e que isso beneficiará a economia, o mercado aproveitou para puxar mais as cotações. Isso, obviamente, tem reflexo sobre os juros, uma vez que adiciona pressão sobre a inflação", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, em referência à entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em evento em São Paulo, o ministro também falou sobre câmbio. Ele disse que "o novo câmbio torna o produto brasileiro mais competitivo" e que "o câmbio tem novo patamar por causa do Fed e redução da balança comercial". Para ele, "no curto prazo, o cenário é de talvez uma desvalorização (do real ante o dólar)".

O dólar à vista no mercado de balcão terminou com alta de 2,09%, cotado a R$ 2,3920. Nesta sexta-feira, o juro do T-note de 10 anos bateu na máxima de 2,866%, mas desacelerou um pouco à tarde e marcava 2,836% às 16h35 (horário de Brasília), de 2,768% no fim da tarde da véspera.

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Além disso, os juros dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos) tiveram alta expressiva, contribuindo para o acúmulo de prêmios nos vencimentos mais longos. Segundo operadores, o comportamento do mercado é "exagerado", mas pode permanecer, caso o dólar mantenha o vigor atual.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (856.110 contratos) marcava 9,20%, de 9,01% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (594.175 contratos) indicava taxa de 10,33%, de 10,06% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.475 contratos) apontava 11,61%, ante 11,45% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (20.555 contratos) estava em 11,89%, de 11,79%.

"Quando Mantega afirmou que o dólar tem um novo patamar e que isso beneficiará a economia, o mercado aproveitou para puxar mais as cotações. Isso, obviamente, tem reflexo sobre os juros, uma vez que adiciona pressão sobre a inflação", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, em referência à entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em evento em São Paulo, o ministro também falou sobre câmbio. Ele disse que "o novo câmbio torna o produto brasileiro mais competitivo" e que "o câmbio tem novo patamar por causa do Fed e redução da balança comercial". Para ele, "no curto prazo, o cenário é de talvez uma desvalorização (do real ante o dólar)".

O dólar à vista no mercado de balcão terminou com alta de 2,09%, cotado a R$ 2,3920. Nesta sexta-feira, o juro do T-note de 10 anos bateu na máxima de 2,866%, mas desacelerou um pouco à tarde e marcava 2,836% às 16h35 (horário de Brasília), de 2,768% no fim da tarde da véspera.

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