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Juros: DI cai e reduz alta semanal com inflação no teto da meta

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 cai 5 pontos-base, para 10,10%

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que indicadores reforçam a “percepção de significativo arrefecimento” das pressões inflacionárias (Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que indicadores reforçam a “percepção de significativo arrefecimento” das pressões inflacionárias (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 10h20.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros recuam, diminuindo alta semanal, após a inflação ao consumidor desacelerar inesperadamente e ficar no limite máximo da meta perseguida pelo Banco Central, contrariando expectativas de que o índice superaria o teto pela primeira vez desde 2003.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 caía 5 pontos-base, para 10,10 por cento, às 10:54, reduzindo a alta acumulada na semana para 6 pontos. O dólar caminha para queda contra o real na primeira semana de 2012. No exterior, as bolsas europeias avançam com as estimativas de que dados que saem 11:30 nos Estados Unidos mostrarão aumento do emprego.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo teve alta de 0,5 por cento em dezembro, depois de subir 0,52 por cento em novembro. Mediana das expectativas de 47 economistas consultados pela Bloomberg apontava alta de 0,55 por cento. O índice anual atingiu 6,5 por cento, exatamente no limite máximo de tolerância da meta e abaixo dos 6,64 por cento nos 12 meses até novembro.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que indicadores reforçam a “percepção de significativo arrefecimento” das pressões inflacionárias, após a divulgação dos dados do IPCA de dezembro.

“É uma boa notícia. Tira um pouco da pressão dos juros”, disse Maurício Junqueira, gestor de fundos da Squanto Investimentos Ltda, em entrevista por telefone de São Paulo. “Este dado traz um pouco de alívio”.

IPCA abaixo de 5%

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que a inflação deve fechar 2012 abaixo de 5 por cento.

Segundo ele, que falou hoje a jornalistas em Brasília, o etanol deve ficar estável ou ter pequena alta este ano.

Barbosa disse também que a inflação de 2011 ficou dentro do esperado pelo Ministério.

Segundo Junqueira, da Squanto, o resultado abaixo do esperado do IPCA ainda foi insuficiente para alterar as apostas nos cortes da taxa básica. “Isso vai depender muito do cenário externo”.

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