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Juro futuro recua à espera do nível de emprego dos EUA

São Paulo - Os juros futuros mantiveram o movimento verificado nos últimos dias e registraram mais um dia de baixa, pautados novamente pelo cenário externo. Hoje à tarde, no entanto, as taxas desaceleraram a queda. "Acho que estamos vendo o fim deste movimento que começou na sexta-feira. Vamos aguardar os próximos capítulos", avalia o gerente […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 17h42.

São Paulo - Os juros futuros mantiveram o movimento verificado nos últimos dias e registraram mais um dia de baixa, pautados novamente pelo cenário externo. Hoje à tarde, no entanto, as taxas desaceleraram a queda. "Acho que estamos vendo o fim deste movimento que começou na sexta-feira. Vamos aguardar os próximos capítulos", avalia o gerente de renda fixa de uma corretora paulista que prefere o anonimato.

A fonte lembra que a divulgação do nível de emprego (payroll) de julho amanhã nos EUA deve ditar o ritmo dos negócios no mercado de juros. "As taxas vão continuar respondendo pontualmente aos eventos, para o bem ou para o mal", disse.

Ao final do pregão regular na BM&F, o contrato futuro de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2012 (78.250 contratos negociados hoje) projetava taxa de 12,43% ao ano, estável em relação ao ajuste de ontem. A projeção do DI de janeiro de 2013 (239.435 contratos) recuou de 12,53% para 12,51% ao ano e o DI de janeiro de 2014 (126.575 contratos) projetava taxa de 12,54% ao ano, ante 12,55% da véspera. O DI de janeiro de 2021 (4.210 contratos negociados) recuou de 12,28% para 12,25% ao ano.

Se por um lado a pesquisa ADP de julho sobre criação de vagas no setor privado nos EUA trouxe algum alívio ao apresentar um resultado positivo (foram criados 114 mil empregos, superando a previsão de 105 mil novas contratações), por outro, o índice de atividade e as encomendas à indústria dos EUA apagaram esse sentimento. O índice ISM de atividade do setor não industrial do país caiu para 52,7 em julho, abaixo das estimativas de 53,5, o resultado mais fraco desde fevereiro de 2010. As encomendas à indústria dos EUA, por sua vez, tiveram queda de 0,8% em junho ante maio. Embora o resultado tenha sido melhor do que o declínio de 1,0% esperado, essa foi a segunda queda do indicador em três meses. Os dados ruins, somados à possibilidade de um rebaixamento dos ratings dos EUA, levantaram novos temores com a recuperação da economia norte-americana.

Além disso, na Europa as atenções seguem concentradas na Itália e na Espanha, que podem vir a serem os próximos países a pedirem ajuda internacional, como fizeram a Grécia, Irlanda e Portugal.

No front doméstico, os dados antecedentes para a inflação do consumidor foram positivos. O Índice de Commodities brasileiras calculado pelo Banco Central (IC-Br) teve queda de 3,34% em julho ante junho. Com o resultado, o indicador acumula no ano recuo de 1,96%, mas em 12 meses ainda tem alta expressiva: 26,04%. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje pelo IBGE, ficou em -0,66% em junho, na comparação com maio. A taxa de maio foi revisada de -0,55% para -0,46%.

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