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Itaú prevê real ainda mais desvalorizado em 2013 e 2014

Banco revisou sua projeção para a taxa de câmbio pela segunda vez nesse mês, elevando a projeção para 2,45 reais por dólar em 2013 e 2,55 em 2014


	Câmbio: a perspectiva do Itaú é que o real permanecerá mais depreciado ao longo dos próximos trimestres (REUTERS/Bruno Domingos)

Câmbio: a perspectiva do Itaú é que o real permanecerá mais depreciado ao longo dos próximos trimestres (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 15h32.

São Paulo - O Itaú Unibanco revisou novamente sua projeção para a taxa de câmbio em 2013 e 2014. O banco elevou sua projeção para o câmbio ao fim de 2013 para 2,45 reais por dólar (perante 2,30 anteriormente) e para 2,55 reais por dólar no final de 2014 (antes, 2,40). Essa foi a segunda revisão da taxa de câmbio feita pelo Itaú Unibanco em agosto.

A perspectiva do Itaú é que o real permanecerá mais depreciado ao longo dos próximos trimestres. Para a instituição financeira, no cenário atual, o Banco Central deve evitar depreciações mais acentuadas, através de novas intervenções no mercado de câmbio (O BC já vendeu cerca de 39 bilhões de dólares em swaps até o momento).

Na última semana, o real apresentou rápida depreciação em relação ao dólar. A taxa de câmbio alcançou o patamar de 2,40 reais por dólar depois de oscilar por alguns dias em torno de 2,30. Em relatório assinado por Ilan Goldfajn, economista-chefe da instituição, o banco afirma que parte da recente depreciação do real ante o dólar é explicada por fatores externos, como o retorno da alta das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, mas fatores domésticos têm contribuído para uma depreciação mais persistente da moeda.

Do lado externo, o banco destaca a perspectiva de redução no ritmo de compras de títulos por parte do banco central norte-americano (Fed) a partir de setembro, que deve elevar as taxas de juros nos EUA e alterar o sentido dos fluxos de capital. Na Europa, o Itaú vê sinais mais positivos de crescimento – o que também levaria à saída dos investidores dos mercados emergentes rumo aos países desenvolvidos, afetando o Brasil.

Do lado doméstico, o relatório aponta o cenário de crescimento mais baixo e inflação elevada – e a queda do superávit primário - como um redutor do otimismo dos investidores. “Além da depreciação do câmbio, a consequência da queda do otimismo é a subida dos juros de mercado e o aumento do prêmio de risco-país. A percepção de que o Brasil precisa recuperar a competitividade dos seus produtos mantém a perspectiva de depreciação do real no médio prazo”, afirma o relatório.

O banco também revisou sua projeção para inflação. Diante de um câmbio mais depreciado, o banco elevou sua projeção para o IPCA de 2013 de 5,9% para 6,1%, e em 2014 de 5,8% para 6,0%.

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