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Itaú BBA corta preço-alvo da Cielo, mas mantém recomendação

Depois da mudança autorizada pelo governo no mercado de cartões, o Itaú BBA reduziu a perspectiva de preço da ação da Cielo

Cielo: para o Itaú, transações com cartão de crédito podem ser "canibalizadas" pelas com cartão de débito ou dinheiro (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cielo: para o Itaú, transações com cartão de crédito podem ser "canibalizadas" pelas com cartão de débito ou dinheiro (Paulo Fridman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 11h27.

O Itaú BBA cortou o preço-alvo para Cielo de R$ 40,5 para R$ 34 por ação, mas manteve a recomendação em market perform (desempenho de acordo com a média do mercado).

O banco ressaltou que a nova análise segue as recentes mudanças regulatórias para o mercado de cartões e suas implicações em Cielo.

Segundo os analistas Alexandre Spada, Thiago Bovolenta Batista e Vitor Corona, que assinam o relatório, a expectativa é de que o momento de lucros da Cielo seja moderado nos próximos trimestres, sendo parcialmente compensado por uma melhora na dinâmica de custos. O Itaú BBA projeta Ebitda de um dígito e crescimento do ganho por ação (EPS, na sigla em inglês) em 2017.

Sobre a cobrança diferenciada de preços de acordo com o meio de pagamento (cartão de crédito, débito ou dinheiro), o Itaú BBA avalia que as transações com cartão de crédito podem ser "canibalizadas" pelas operações com débito ou dinheiro, prejudicando as receitas da Cielo.

Já em relação à cobrança do ISS, que não será mais baseada na cidade de origem da empresa mas sim no município onde ocorrer a transação, o banco projeta implicações para a Cielo a partir de 2018, já que a taxa hoje paga pela empresa é bastante baixa. A reforma do ISS foi aprovada pelo Congresso.

Outra mudança esperada pelo setor é de diminuição dos dias de pagamento ao lojista, hoje de 30. Segundo o Itaú BBA, as consequências para Cielo são diversas, incluindo um declínio no volume de pré-pagamento, entre outras.

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