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IPOs com patrocínio de private equity caíram no terceiro trimestre

Informação de um relatório da Ernst & Young Terco mostra que 21 companhias movimentaram apenas US$ 2,9 bilhões nesse tipo de operação no período

A Nasdaq e a NYSE continuam sendo os destinos favoritos das aberturas de capital de companhias com investimento de fundos de private equity (Daniel Barry/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 14h44.

São Paulo - As aberturas de capital ( IPO , na sigla em inglês) patrocinadas por fundos de private equity caíram drasticamente pelo mundo no terceiro trimestre de 2011, devido ao aumento dos temores dos mercados em relação a uma nova recessão mundial. É o que mostra um relatório da Ernst & Young Terco. De acordo com o relatório, 21 companhias movimentaram apenas US$ 2,9 bilhões nesse tipo de operação no período.

O número representa uma queda de 84% no capital movimentado e 53% a menos do que o total de operações, na comparação com o segundo trimestre, quando 45 IPOs liderados por fundos movimentaram US$ 17,4 bilhões. Os valores dos últimos três meses são os mais baixos desde o segundo trimestre de 2009. O IPO é uma forma de os fundos de private equity saírem, com ganhos, do capital das empresas que investem.

O terceiro trimestre não registrou nenhuma operação de abertura de capital patrocinada por private equity igual ou superior a US$ 1 bilhão, segundo a pesquisa. Como resultado, a média de volume de negócios foi de US$ 136 milhões, comparada com US$ 378 milhões no segundo trimestre. Uma queda de 64% e o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009.

Os resultados mostram que 14 empresas adiaram ou retiraram suas ofertas de ações devido às condições dos mercados. Essa é a segunda maior marca já alcançada desde 2007, quando o número foi de 18 IPOs retirados. No período, 44 companhias patrocinadas fizeram pedido de registro de oferta pública inicial de ações, somando-se às 132 que já haviam feito o mesmo nos dois trimestres anteriores, elevando o total previsto de IPOs de empresas com investimentos de fundos de private equity para US$ 22 bilhões.

"Apesar do aumento da retirada de ofertas públicas de ações, o terceiro trimestre registrou um número significativo de novos registros para IPOs nos mercados globais, sugerindo um otimismo subjacente no retorno da demanda do mercado nos próximos seis ou 12 meses", afirma em nota Carlos Asciutti, sócio de Transações da Ernst & Young Terco, destacando que, historicamente, o terceiro trimestre tem sido mais devagar do que os outros nos mercados globais.

EUA lideram

Apesar de o mercado global de IPOs ter sido dominado recentemente pelas aberturas de capital nas bolsas da Ásia, a Nasdaq e a NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) continuam sendo os destinos favoritos das aberturas de capital de companhias com investimento de fundos de private equity. No terceiro trimestre, os EUA lideraram com nove operações, totalizando US$ 2 bilhões. Na Europa, apenas dois IPOs foram realizados no terceiro trimestre, na comparação com os oito do trimestre anterior.

Emissores da Ásia-Pacífico executaram dez IPOs no terceiro trimestre - no período anterior, foram registrados 12. O tamanho dos negócios, porém, foi menor, com as companhias levantando US$ 609 milhões no total, cifra bem abaixo dos US$ 3,3 bilhões no segundo trimestre.

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São Paulo - As aberturas de capital ( IPO , na sigla em inglês) patrocinadas por fundos de private equity caíram drasticamente pelo mundo no terceiro trimestre de 2011, devido ao aumento dos temores dos mercados em relação a uma nova recessão mundial. É o que mostra um relatório da Ernst & Young Terco. De acordo com o relatório, 21 companhias movimentaram apenas US$ 2,9 bilhões nesse tipo de operação no período.

O número representa uma queda de 84% no capital movimentado e 53% a menos do que o total de operações, na comparação com o segundo trimestre, quando 45 IPOs liderados por fundos movimentaram US$ 17,4 bilhões. Os valores dos últimos três meses são os mais baixos desde o segundo trimestre de 2009. O IPO é uma forma de os fundos de private equity saírem, com ganhos, do capital das empresas que investem.

O terceiro trimestre não registrou nenhuma operação de abertura de capital patrocinada por private equity igual ou superior a US$ 1 bilhão, segundo a pesquisa. Como resultado, a média de volume de negócios foi de US$ 136 milhões, comparada com US$ 378 milhões no segundo trimestre. Uma queda de 64% e o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009.

Os resultados mostram que 14 empresas adiaram ou retiraram suas ofertas de ações devido às condições dos mercados. Essa é a segunda maior marca já alcançada desde 2007, quando o número foi de 18 IPOs retirados. No período, 44 companhias patrocinadas fizeram pedido de registro de oferta pública inicial de ações, somando-se às 132 que já haviam feito o mesmo nos dois trimestres anteriores, elevando o total previsto de IPOs de empresas com investimentos de fundos de private equity para US$ 22 bilhões.

"Apesar do aumento da retirada de ofertas públicas de ações, o terceiro trimestre registrou um número significativo de novos registros para IPOs nos mercados globais, sugerindo um otimismo subjacente no retorno da demanda do mercado nos próximos seis ou 12 meses", afirma em nota Carlos Asciutti, sócio de Transações da Ernst & Young Terco, destacando que, historicamente, o terceiro trimestre tem sido mais devagar do que os outros nos mercados globais.

EUA lideram

Apesar de o mercado global de IPOs ter sido dominado recentemente pelas aberturas de capital nas bolsas da Ásia, a Nasdaq e a NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) continuam sendo os destinos favoritos das aberturas de capital de companhias com investimento de fundos de private equity. No terceiro trimestre, os EUA lideraram com nove operações, totalizando US$ 2 bilhões. Na Europa, apenas dois IPOs foram realizados no terceiro trimestre, na comparação com os oito do trimestre anterior.

Emissores da Ásia-Pacífico executaram dez IPOs no terceiro trimestre - no período anterior, foram registrados 12. O tamanho dos negócios, porém, foi menor, com as companhias levantando US$ 609 milhões no total, cifra bem abaixo dos US$ 3,3 bilhões no segundo trimestre.

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