Mercados

IPO da Caixa Seguridade gera animação, dizem fontes

O interesse de investidores pelo prometido IPO da Caixa Seguridade tem se mostrado forte durante reuniões preliminares de coordenadores


	Agência da Caixa: resposta dos investidores foi muito positiva, disseram quatro fontes
 (Tânia Rêgo/ABr)

Agência da Caixa: resposta dos investidores foi muito positiva, disseram quatro fontes (Tânia Rêgo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 16h50.

São Paulo - O interesse de investidores pela prometida oferta inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade, que reúne participações da Caixa Econômica Federal em seguros, tem se mostrado forte durante reuniões preliminares de coordenadores da operação com o mercado, disseram fontes com conhecimento direto do assunto.

No início deste mês, os executivos da Caixa e executivos que trabalham na oferta se reuniram com grandes investidores em Nova York, Londres e São Paulo. A resposta dos investidores foi muito positiva, disseram quatro fontes.

Os temas abordados foram os negócios da Caixa Seguridade, a renovação de uma parceria com o parceiro francês CNP Assurances e como a instabilidade política atual no país pode prejudicar o IPO, disseram as fontes, que pediram anonimato já que o conversas são sigilosas.

"Há um forte interesse pelo negócio, apesar da atual turbulência do mercado", disse uma das fontes.

A francesa CNP controla 51,75 por cento da Caixa Seguridade, ante fatia de 48,2 por cento da Caixa Econômica. Consultados, Caixa e CNP não comentaram.

A Caixa poderia levantar cerca de 10 bilhões de reais com a venda de cerca de 25 por cento do capital da seguradora, disseram as fontes. A expectativa dos coordenadores é de que a operação seja precificada na terceira semana de outubro.

Os recursos a serem levantados podem ajudar o governo federal a reduzir o seu déficit orçamentário. Outros IPOs de estatais, incluindo o da BR Distribuidora, unidade de distribuição de combustíveis da Petrobras, e a empresa de resseguros IRB Brasil RE também estão programados para ocorrerem até o fim deste ano.

Em junho, o governo federal listou na bolsa a corretora de seguros da Caixa, a Par Corretora, operação que levantou 603 milhões de reais.

RENOVAÇÃO     

Alguns investidores em Nova York se ofereceram para atuar como âncoras para o IPO, o que significa que eles poderiam comprar grandes volumes de ações na oferta para garantir o sucesso da operação, disseram duas das fontes.

A possível renovação da joint venture entre a CNP e Caixa Econômica na Caixa Seguridade expira em fevereiro de 2021 foi discutida nas reuniões, disseram as fontes.

Executivos e banqueiros definiram cenários potenciais para a renovação, mas os investidores não mostraram preocupação significativa com o assunto. CNP e Caixa Econômica estão em negociações para uma renovação.

O Banco do Brasil é o coordenador líder da operação, acompanhado do UBS, disseram as fontes. Bradesco BBI, Itaú BBA, BTG Pactual, Goldman Sachs, Brasil Plural, Citigroup e Bank of America Merrill Lynch também trabalham na oferta.

Acompanhe tudo sobre:BancosCaixaEmpresasIPOsMercado financeiroPar CorretoraSeguros

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado