São Paulo - O suposto envolvimento da Gerdau (GGBR4) na Operação Zelotes da Polícia Federal pode render processos à companhia nos Estados Unidos, segundo o jornal Valor Econômico.
De acordo com a publicação, cinco escritórios americanos de advocacia estariam estudando abrir uma ação coletiva contra a siderúrgica, visando reaver prejuízos sofridos por detentores de ADRs (recibos de ações negociados no mercado americano) da empresa.
Os papés sofreram expressivas perdas com o indiciamento do presidente do grupo, André Gerdau, e mais 18 pessoas na sexta fase da operação da PF que investiga fraudes em julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
André e outros membros da diretoria da Gerdau foram indiciados de terem cometido práticas ilegais para evitar multas de R$ 1,5 bilhão.
A sexta fase da Zelotes foi deflagrada em fevereiro e o indiciamento dos diretores da Gerdau ocorreu no dia 16 deste mês. De 16 para 17 de maio, os ADRs da companhia na Bolsa de Nova York perderam 7,5%.
Aqui no Brasil, as ações da siderúrgica completam hoje seis dias no vermelho. Os papéis derreteram cerca de 23% no período.
A Gerdau negou ter oferecido vantagens indevidas a funcionários públicos para obter decisões favoráveis do Carf e disse que só teve conhecimento do inquérito da PF ontem.
Vale
A Gerdau não é a única empresa brasileira a ser cobrada por investidores nos Estados Unidos por prejuízos com os ADRs.
Acionistas da Vale (VALE5), por exemplo, pedem na Justiça americana o ressarcimento de US$ 1 bilhão por a empresa supostamente ter omitido informações e publicado comunicados falsos sobre suas operações na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
Em novembro do ano passado, a barragem do Fundão operada pela Samarco, empresa controlada pela Vale e a BHP Billiton, em Mariana, se rompeu. Várias pessoas morreram e outras ficaram desaparecidas.
A ação coletiva foi protocolada no fim do mês passado nos EUA. Além da Vale, também são acusados no processo o presidente da companhia, Murilo Ferreira, o diretor de finanças Luciano Siane e o diretor executivo de minerais ferrosos Peter Poppinga.
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1. Oportunidades?
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1/9 (Ueslei Marcelino / Reuters)
São Paulo - O
Senado aprovou nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de
impeachment de
Dilma Rousseff. A presidente foi afastada por até 180 dias e quem comandará o país durante este período será o vice
Michel Temer. No mercado de
ações, boa parte da troca de governo já havia sido antecipada pelos investidores, mas ainda
há espaço para novas altas, segundo analistas. Em relatório, o
Santander afirmou que os bancos e as empresas dos setores elétrico, educacional e de infraestrutura deverão ser os mais beneficiados por uma melhora da
Bolsa no pós-Dilma. Navegue pelas fotos e descubra quais são as sete empresas preferidas do banco nestes segmentos e sua avaliação sobre cada uma delas.
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2. Itaú Unibanco (ITUB4)
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2/9 (.)
Segundo o Santander, o Itaú possui retorno sobre o patrimônio líquido maior que de seu principal concorrente e historicamente superior ao seu custo de capital próprio. Além disso, a equipe de análise do Santander também destacou o foco do Itaú na melhora da qualidade de seus ativos, com maior exposição ao
crédito consignado e habitacional. O banco ressaltou ainda o mix de geração de caixa defensivo do Itaú, com apenas um terço do resultado consolidado vindo de novas concessões de crédito. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o Itaú nos próximos 12 meses está 29% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das
eleições de 2014 e 15% abaixo de sua média histórica, de acordo com o Santander.
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3. Localiza (RENT3)
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3/9 (Divulgação)
Segundo o Santander, o "forte" resultado trimestral divulgado em abril sugere potencial de revisão positiva nas expectativas do consenso de lucro e
Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2016 e 2017. "Acreditamos que essas revisões positivas ainda não estejam devidamente precificadas", disse a equipe de análise do Santander em relatório. O banco também citou que a Localiza se beneficia da deficitária matriz de infraestrutura brasileira, já que outras alternativas de transporte, como ferroviário e fluvial, não comportam a demanda pelo deslocamento de bens e serviços. Outro ponto positivo ressaltado pelo Santander foi o fato de a Localiza ser detentora da maior frota de
veículos do país, o que lhe garante poder de barganha frente às montadoras, otimizando o Capex e capital de giro.
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4. Kroton (KROT3)
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4/9 (Germano Lüders/EXAME)
Segundo o Santander, a posição de caixa líquido da Kroton deve favorecer futuras
aquisições. A equipe de análise do banco destacou o "audacioso" plano de expansão da empresa, que "deve impulsionar a já forte geração de valor para os acionistas". Além disso, o banco afirmou que o atual indicador de preço sobre
lucro esperado para os próximos 12 meses está 37% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 20% abaixo da média histórica.
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5. Banco do Brasil (BBAS3)
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5/9 (Pilar Olivares/REUTERS)
Segundo o Santander, a readequação de algumas normas do Banco Central poderiam diminuir as exigências de capital a alguns tipos de empréstimos, o que possibilitaria melhorar o índice de Basileia do BB sem a necessidade de uma futura nova capitalização. A equipe de análise do Santander citou ainda que o BB é historicamente um bom pagador de
dividendos e também se beneficiaria de uma queda adicional da curva de
juros futuros por conta da melhor percepção de risco. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o BB nos próximos 12 meses ainda está 39% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 23% abaixo da média histórica, de acordo com o Santander.
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6. Rumo Logística (RUMO3)
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6/9 (Divulgação / EXAME)
Segundo o Santander, o aumento de capital finalizado em abril, de R$ 2,6 bilhões, deu folga de caixa para a Rumo lidar com suas obrigações de curto prazo. O banco também citou como ponto positivo para a companhia o fato de ela ter geração de caixa inelástica, já que 80% de todo volume transportado é para o escoamento de
commodities agrícolas do centro-oeste para o Porto de Santos. O alto endividamento da Rumo, de acordo com o Santander, deve se traduzir em menores despesas financeiras num futuro próximo, uma vez que a queda da
Selic se concretize, gerando maior valor para os acionistas. A equipe de análise do banco afirmou ainda que 80% do volume transportado pela Rumo está contratado pelo formato "take-or-pay" e é indexado pela inflação, o que garante maior estabilidade e previsibilidade no volume transportado e nas margens operacionais. Outra vantagem para a companhia é a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política, disse o Santander em relatório.
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7. AES Tietê (TIET11)
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7/9 (EXAME.com)
Segundo o Santander. os contratos firmados pela AES Tietê ao longo do último trimestre de 2015 foram bem recebidos pelo mercado. A companhia vendeu 100 MW para fornecimento de energia em 2017 e 2018 ao preço de R$150/MWh, o que reforça a tese de preços de
energia saudáveis no médio e longo-prazo, de acordo com o banco. A equipe de análise do Santander também citou que a baixa alavancagem da elétrica deve favorecer a participação da empresa em novos leilões de energia durante os próximos anos. Outras duas vantagens destacadas foram o forte
dividend yield de 12% esperado para os próximos 12 meses e a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política.
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8. Veja outras possibilidades na Bolsa
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8/9 (ThinkStock/Minerva Studio)