Bandeira do Reino Unido hasteada em frente ao Castelo de Windsor em 17 de abril de 2021, antes do funeral do Príncipe Philip, duque de Edimburgo (AFP/AFP)
A inflação no Reino Unido poderá superar 18% até o final de 2022, segundo as previsões divulgadas nesta segunda-feira, 22, em um relatório do banco Citigroup (CTGP34).
Segundo o documento, a inflação no Reino Unido será a mais elevada entre as maiores economias do Ocidente, e será alimentada pela alta nos preços do gás natural, que estão em um patamar superior a 14 vezes o preço médio da última década.
Somente no mês de agosto, o preço do gás aumentou 45%, e nesta segunda-feira, a cotação de referência do gás europeu na Bolsa de Valores de Amsterdã (TTF) subiu quase 10% na segunda-feira, 244,55 euros (cerca de R$ 1,2 mil), fechando no patamar mais elevado de sempre.
A previsão do Citibank é mais pessimista do que aquela do Bank of America, que na semana passada indicou que a inflação no Reino Unido deverá atingir um pico de 14% até o final do ano.
As previsões do Goldman Sachs (GSGI34) e do EY indicam uma alta dos preços de 15%.
Examinando os números do atacado, o Citi previu que o aumento dos preços da energia vão impulsionar a inflação no Reino Unido. A taxa projetada pelo banco seria maior do que o pico da inflação após o segundo choque do petróleo de 1979, quando a inflação britânica chegou aos 17,8% ao ano.
Londres está enfrentando a taxa de inflação mais alta dos últimos 40 anos, e a mais elevada entre os países do G7. Em julho, a alta acumulada dos preços foi de 10,1%, segundo os dados do Escritório Nacional de Estatísticas britânico.
No Brasil, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial brasileira, até o final do ano é de 6,82%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Boletim Focus do Banco Central (BC), mostrando uma queda em relação as previsões das semanas anteriores, que foram de 7,02% e 7,30%, respectivamente.