Em dia de recuperação, Ibovespa ganha 2,29% com ajuda de estrangeiros
Segundo dados preliminares, o principal índice de ações da B3 subiu para 76.902,30 pontos, revertendo uma fraqueza do começo do dia
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de agosto de 2018 às 17h15.
Última atualização em 22 de agosto de 2018 às 19h20.
São Paulo - A valorização contínua do dólar , levemente superior a 22% neste ano, deixou o mercado acionário brasileiro mais atrativo aos olhos dos investidores, principalmente, os não-residentes no País. Assim, depois de amargar perdas, tocando os 74.875 pontos na mínima intraday, o Ibovespa estabeleceu um movimento firme de recuperação na sessão desta quarta-feira, 22.
Diante das pechinchas, a cautela pelas incertezas com a corrida eleitoral ficou para o segundo plano. No entanto, a despeito da alta de 2,29%, aos 76.902,30 pontos, os investidores não tomaram grandes posições. O giro financeiro foi de R$ 9,8 bilhões, perto da média do mês.
O apelidado "kit incerteza eleitoral", de ações ligadas às empresas estatais Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras, que vêm sendo penalizadas recentemente, mostrou recuperação. Os papéis ordinários da holding do setor de energia ganharam 4,60% (R$ 15,46), na máxima, ao passo que da instituição financeira, 3,48%. No caso da petroleira, as ações avançaram 2,95% (ON) e 3,56% (PN).
Logo na abertura do pregão, o Ibovespa operava em terreno negativo com os investidores digerindo a pesquisa de intenção de voto do Datafolha que acabou referendando a direção das outras duas sondagens divulgadas no início desta semana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa, seguido de Jair Bolsonaro (PSL). Além disso, também mostrou que as chances de transferência de voto de Lula para o ex-prefeito Fernando Haddad são fortes.
Nos Estados Unidos, os principais índices do mercado acionário operaram com sinais mistos, sendo que o Dow Jones fechou em queda (-0,34%) enquanto Nasdaq em alta (0,38%). Mas os índices de ADRs de empresas brasileiras negociados por lá passaram a segunda metade do dia em alta em torno de 1%. A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) que foi considerada "dovish", o que ajudou a aumentar o apetite por ativos de países emergentes.