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Ibovespa tem máxima histórica e ronda 90 mil pontos com apetite por risco

Índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,51%, a 89.709,56 pontos

Ibovespa: melhora do apetite a risco global após sinalizações mais brandas sobre o processo de normalização dos juros nos Estados Unidos impulsionaram índice nacional (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 18h14.

Última atualização em 29 de novembro de 2018 às 18h47.

São Paulo -O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, renovando máximas históricas em meio à melhora do apetite a risco global após sinalizações mais brandas do processo de normalização dos juros nos Estados Unidos .

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,51 por cento, a 89.709,56 pontos, nova máxima de fechamento, tendo encostado em 90 mil pontos no melhor momento da sessão (89.909,58 pontos). O volume financeiro do pregão somou 13,2 bilhões de reais.

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A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve mostrou consenso de que novo aumento da taxa de juros estava "provavelmente justificado muito em breve", mas revelou início de debate sobre quando interromper as altas.

O documento foi conhecido um dia após o chairman do Fed, Jerome Powell, adotar um tom mais moderado em relação ao processo de alta dos juros nos EUA e depois de dados norte-americanos nesta quinta corroborarem um cenário de crescimento saudável, mas sem pressões de preços.

O foco agora se volta para a cúpula do G20, na Argentina, onde os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, se reúnem no sábado, em meio ao embate comercial que tem preocupado investidores globalmente.

Para o gestor Igor Lima, da Galt Capital, esse movimento mais positivo, iniciado com a mudança de discurso do Fed na quarta-feira, ainda pode durar algumas semanas e impulsionar a bolsa brasileira para um rali de fim de ano.

"É fato que os preços e a posição técnica ainda são bastante favoráveis ao bom desempenho da bolsa brasileira", avalia.

Destaques

- CCR saltou 11,17 por cento, após anunciar que fechou acordo com o Ministério Público de São Paulo, em que pagará 81,5 milhões de reais para encerrar inquérito envolvendo caixa 2. Para a equipe do BTG Pactual, o movimento do mercado parece justificável, dado que a multa parece relativamente pequena e o acordo tira uma pressão do papel. As ações também se beneficiaram de expectativas atreladas a novos projetos de concessão do novo governo dentro do Programa de Parcerias de Investimento. A ECORODOVIAS subiu 5,61 por cento.

- SUZANO avançou 5,96 por cento, após a criação da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, oriunda da incorporação da Fibria pela Suzano, ser aprovada pela União Europeia.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou com ganho de 0,89 por cento, renovando cotação recorde de fechamento, a 36,35 reais, enquanto BRADESCO PN subiu 1,25 por cento, também para nova máxima, a 38,92 reais. SANTANDER BRASIL UNIT avançou 1,09 por cento, mas BANCO DO BRASIL caiu 1,14 por cento.

- PETROBRAS PN caiu 0,83 por cento, enquanto PETROBRAS ON avançou 0,65 por cento, em sessão volátil marcada pela ausência de progressos nas discussões sobre a votação do projeto que trata da cessão onerosa, mas alta dos preços do petróleo no mercado externo.

- VALE recuou 0,57 por cento, após forte ganho na véspera, descolando do movimento mais positivo de ações de mineradoras nas bolsas europeias.

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PN teve queda de 3,43 por cento, a maior do Ibovespa, em sessão mista para o setor de consumo e varejo. B2W e CVC BRASIL também foram destaques negativos, enquanto NATURA e VIA VAREJO figuraram entre as altas do índice.

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