Operadores da Bovespa: às 11h25, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,23%, a 51.955 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 11h52.
São Paulo - O principal índice da Bovespa esboçava leve alta no fim da manhã desta terça-feira, seguindo as bolsas norte-americanas, mas tinha um dia de volatilidade, com investidores aguardando uma possível realização de lucros após os fortes ganhos da véspera.
Às 11h25, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,23 por cento, a 51.955 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,3 bilhão de reais.
O mercado doméstico seguia os principais índices dos Estados Unidos, que abriram em alta após as bolsas do país permanecerem fechadas na véspera por conta de um feriado. "O Dow e o S&P estão refletindo só agora os dados bons da China e da Europa divulgados ontem, o que está puxando (a bolsa daqui) para cima", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. Na véspera, dados robustos da indústria da China e da Europa deram sustentação aos mercados, somados ao adiamento de um potencial ataque dos EUA contra a Síria.
Nesta sessão, investidores também avaliavam dados divulgados mais cedo mostrando que o setor industrial dos EUA cresceu no mês passado no ritmo mais rápido em mais de dois anos e que os gastos com construção aumentaram em julho. O Ibovespa, contudo, tinha uma alta contida em comparação com os índices dos EUA, após ter registrado na segunda-feira seu maior avanço em cerca de 13 meses, de 3,65 por cento. "Hoje o mercado tende a dar uma realizada em função da forte alta de ontem", completou Santos.
O índice era levantado principalmente pela ação da petroleira OGX, do grupo EBX. O papel já havia impulsionado a bolsa na última sessão, à medida que se recuperou parcialmente de um tombo de 40 por cento sofrido na sexta-feira.
O pregão de segunda-feira foi marcado por um rebalanceamento do Ibovespa que fez com que a participação da petroleira no índice aumentasse em relação a sexta-feira, tornando a bolsa mais suscetível ao movimento do papel. "Com as mudanças, a participação da petroleira agora é de cerca de 5 por cento, o que está criando uma distorção no índice. É uma companhia que tem muito mais peso do que deveria", afirmou o sócio da Zenith Asset Management Guilherme Sand. Além da OGX, também pressionavam a alta do índice as construtoras PDG Realty e Rossi Residencial .
Na outra ponta, Ambev e Anhanguera eram as principais pressões de baixa.