Painel de cotações da B3: Ibovespa inicia semana em queda (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 26 de dezembro de 2022 às 10h29.
Última atualização em 26 de dezembro de 2022 às 18h21.
O Ibovespa interrompeu o rali de final de ano nesta segunda-feira, 26, início da última semana do ano. Depois de saltar 6,6% na semana que antecedeu o Natal, hoje o principal índice da B3 passou por uma correção, em dia de liquidez reduzida nos mercados por conta do feriado de Natal nos mercados dos Estados Unidos e da Europa.
O dólar comercial também corrigiu as quedas recentes e fecho o dia em alta, depois de cair 2,4% frente ao real com o rali nas bolsas na última semana.
Em dia de volume reduzido nas negociações, investidores repercutiram a divulgação do último Boletim Focus de 2022, que trouxe piora nas expectativas.
No Focus, o mercado financeiro se mostrou mais cauteloso, elevando a projeção para a taxa Selic no fim de 2023. A mediana subiu de 11,75% para 12,00%, contra 11,50% há um mês.
Na inflação, a expectativa para 2023, subiu para 5,23%, acima do teto da meta de 4,75%. Aumento também no câmbio, com a estimativa para o dólar no ano passando de R$ 5,26 para R$ 5,27.
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Na bolsa, varejistas e ações ligadas à tecnologia recuaram com a piora nas expectativas do Focus para a inflação e para a trajetória dos juros. Dexco liderou as baixas com queda perto de 5%.
Na bolsa, as poucas altas do dia foram lideradas pela Rede D’Or. Hoje foi o primeiro dia em que as units da SulAmérica deixam de ser negociadas na bolsa depois que a Rede D’Or adquiriu a concorrente. Na contramão de seu setore, a Americanas contrariou a tendência e ganhou força no final do pregão, encerrando o dia entre as maiores altas do Ibovespa.
Alta também nos papéis ligados ao minério de ferro, de olho na reabertura econômica da China após o encerramento da política de Covid zero que restringia a circulação no país.
Por outro lado, a nova onda de casos traz preocupações para investidores e as altas do setor foram contidas. A Comissão Nacional de Saúde do país disse que deixaria de publicar diariamente os casos de infecção pelo coronavírus, complicando os esforços para mensurar o impacto econômico dos contágios.
Outro destaque de alta foi a 3R Petroleum, que subiu acompanhando a alta de mais de 3% no petróleo Brent. A alta foi uma reação ao governo russo, que ameaçou cortar a produção de petróleo depois que G7 estabeleceu um teto de preços para as exportações do país.