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Remy Sharp
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Ibovespa fecha no menor patamar dos últimos 8 meses após Copom e retorna aos 97 mil pontos

Comitê adotou mais duro do que o esperado pelo mercado, que ajustou expectativas

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Painel de cotações da B3: Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 23 de março de 2023, 09h28.

Última atualização em 29 de março de 2023, 11h01.

O Ibovespa caiu 2,3% nesta quinta-feira, 23, e perdeu o patamar simbólico dos 100.000 pontos pela primeira vez desde julho do ano passado. A queda veio após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

O índice fechou o pregão aos 97.926 pontos, seu menor patamar desde 18 de julho do ano passado, quando registrou 96.916 pontos.

Ibovespa hoje

  • IBOV: - 2,29%, aos 97.926 pontos

A decisão em si não surpreendeu, mas o tom foi mais conservador do que anteviam os agentes de mercado. Quem esperava uma sinalização de cortes de juros, viu justamente o contrário: o Copom reforçou riscos de alta de juros como incertezas fiscais, efeitos sobre a trajetória da dívida e desancoragem da inflação para prazos longos.“Havia uma percepção por parte do mercado de que o Copom iria olhar as pressões baixistas tanto aqui quanto no exterior para incluir no balanço de riscos e amenizar o tom, talvez já abrindo espaço para cortes nas próximas reuniões. Não foi o que aconteceu”, afirma Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, em entrevista à EXAME Invest

Em reação ao comunicado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não cabia à ele discutir todas as decisões do Copom, mas voltou a afirmar que “não existe explicação” para uma taxa de juros de 13,75% ao ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também criticou o comunicado, classificado por ele como “preocupante”.

Na bolsa, o rebalanceamento de expectativas levou à uma abertura na curva de juros, com investidores postergando as apostas de corte na Selic. E o movimento, por sua vez, prejudica a bolsa brasileira como um todo – 77 das 88 ações do Ibovespa fecharam em queda. 

Veja também

Maiores baixas do Ibovespa hoje

O movimento é prejudicial especialmente para os papéis ligados à economia doméstica, que são mais dependentes da taxa de juros. A varejista Magazine Luiza (MGLU3) liderou as perdas da sessão, caindo mais de 13%.

  • Magazine Luiza (MGLU3): - 13,37%
  • Gol (GOLL4): - 10,08%
  • BRF (BRFS3): - 9,61%

Maiores altas do Ibovespa hoje

Na ponta positiva, os papéis da Minerva (BEEF3) ficaram entre as poucas altas do dia, beneficiados pela decisão da China de retomar as importações de carne bovina brasileira.

Wall Street em alta após decisão do Fed

Nos Estados Unidos, o movimento foi contrário ao que se observou na bolsa brasileira. As bolsas de Wall Street se recuperam depois da derrocada de ontem quando o Fomc, comitê do Federal Reserve (Fed) responsável por decidir a taxa de juros nos Estados Unidos, elevou a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. Vale destacar que a decisão é tradicionalmente divulgada durante o pregão, então a reação foi imediata. Hoje, o tom foi de leve correção.

Veja também

Que horas fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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