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Ibovespa fecha em queda; Ultrapar cai 10%

O Ibovespa caiu 1,49 por cento, a 83.288 pontos. O volume financeiro somou 12,18 bilhões de reais

Ibovespa: Wall Street corroborou o viés negativo no pregão brasileiro, com o S&P 500 fechando em baixa de 0,2 por cento, após sessão volátil (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: Wall Street corroborou o viés negativo no pregão brasileiro, com o S&P 500 fechando em baixa de 0,2 por cento, após sessão volátil (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2018 às 17h10.

Última atualização em 3 de maio de 2018 às 17h39.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta quinta-feira, pressionado por resultados corporativos, com as ações da Ultrapar e da Cielo recuando 10 e 6 por cento, respectivamente, após seus números do primeiro trimestre frustrarem as expectativas de analistas.

O Ibovespa caiu 1,49 por cento, a 83.288 pontos. O volume financeiro somou 12,18 bilhões de reais.

Além dos balanços, o gestor chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, também destacou que o mercado brasileiro segue no meio de uma indefinição política muito grande, o que já começa a afetar o humor dos investidores.

"O mercado quer ter alguma sinalização de que o Brasil ficará equilibrado do lado fiscal, ou seja, o próximo presidente precisa indicar que fará a reforma da Previdência no começo do mandato. Se vier do lado oposto teremos um 'stress' no Brasil", afirmou.

Wall Street corroborou o viés negativo no pregão brasileiro, com o S&P 500 fechando em baixa de 0,2 por cento, após sessão volátil, com agentes financeiros cautelosos ante o desfecho de negociações comerciais entre Estados Unidos e China e atentos a balanços corporativos.

Destaques

- ULTRAPAR ON desabou 10,16 por cento, maior queda desde pelo menos 2011, com a ação fechando a 54,01 reais, menor patamar desde 2016, após recuo de quase 80 por cento no lucro do primeiro trimestre. O resultado "surpreendeu negativamente mesmo com o mercado já esperando resultados fracos", escreveu o Credit Suisse. A Ultrapar também cortou investimentos para 2018.

- CIELO ON caiu 6,2 por cento, fechando a 17,99 reais, na mínima desde 2014, após frustrar analistas com resultado no primeiro trimestre, que teve queda no lucro, refletindo a crescente concorrência no mercado de meios de pagamentos e os efeitos da queda do juro sobre antecipação de recebíveis. A empresa disse vai multiplicar terminais 'co-branded' para reverter queda na base.

- VIA VAREJO UNIT perdeu 6,15 por cento, em sessão de queda no setor de varejo como um todo. MAGAZINE LUIZA ON recuou 5,17 por cento e LOJAS AMERICANAS PN caiu 3,19 por cento.

- RD ON caiu 0,94 por cento, não sustentando os ganhos registrados em boa parte da sessão, tendo no radar resultado do primeiro trimestre considerado fraco por analistas, com crescimento de apenas 2,7 por cento nas vendas mesmas lojas.

- LOJAS RENNER ON fechou com elevação de 0,34 por cento, antes da divulgação do balanço prevista para esta quinta-feira, após o fechamento. Para o JPMorgan, o resultado do primeiro deve definir o tom para um bom ano, com crescimento de vendas mesmas lojas acima da inflação.

- PETROBRAS PN fechou com variação negativa de 0,66 por cento e PETROBRAS ON cedeu 1,06 por cento, apesar da melhora dos preços do petróleo no exterior.

- BRADESCO PN caiu 2,05 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,97 por cento, também pesando no Ibovespa, em razão da forte participação que detêm no índice.

- VALE ON encerrou com acréscimo de 0,78 por cento, apesar do recuo nos preços do minério de ferro à vista na China.

- EMBRAER ON subiu 0,36 por cento, com o noticiário trazendo que o grupo norte-americano American Airlines fez um pedido firme para mais 15 jatos E175, no valor de 705 milhões de dólares com base nos preços de lista.

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