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Ibovespa fecha no azul com ajuda do exterior e avança 1,2% na semana

O Ibovespa subiu 1,78 por cento, a 85.365 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 10,881 bilhões de reais (Germano Luders/Reuters)

Ibovespa: volume financeiro somou 10,881 bilhões de reais (Germano Luders/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2018 às 17h09.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 17h42.

São Paulo - O principal índice de ações da bolsa brasileira fechou em alta nesta quinta-feira, garantindo um resultado semanal positivo, em sessão favorecida pelo ambiente externo benigno, com as ações da petroquímica Braskem liderando os ganhos após resultado trimestral considerado robusto.

O Ibovespa subiu 1,78 por cento, a 85.365 pontos. O volume financeiro somou 10,881 bilhões de reais.

Na semana, mais curta em razão de feriado relacionado à Páscoa, o indicador acumulou alta de 1,17 por cento, encerrando o mês praticamente estável. No primeiro trimestre, contabiliza alta de 11,7 por cento.

Na visão do analista da Terra Investimentos Régis Chinchila, o Ibovespa foi influenciado nesta sessão pelas bolsas dos Estados Unidos, mas também pelo avanço de bancos e de setores ligados à recuperação da atividade após redução do compulsório e outras medidas para diminuir spread e melhorar crédito.

Em Wall Street, os principais índices acionários encerraram o pregão no azul, em meio à recuperação das ações de tecnologia. O S&P 500 subiu 1,38 por cento. Ainda no exterior, a sessão foi de alta para os preços do petróleo e do minério de ferro.

Do ponto de vista técnico, Chinchila disse que o Ibovespa pode confirmar um novo momento de alta no curto prazo caso se mantenha acima de 85.600 pontos para a próxima semana, com alvos entre 87.350 e 88.300 pontos.

Destaques

- BRASKEM PNA avançou 6,81 por cento, após reverter prejuízo e encerrar o último trimestre de 2017 com lucro líquido consolidado de 313 milhões de reais e alta de 24 por cento no Ebitda em relação ao quarto trimestre do ano anterior. A petroquímica também disse que, para 2018, espera a manutenção do cenário positivo com spreads saudáveis.

- JBS ON subiu 5,06 por cento, encerrando uma série de sete sessões de queda, tendo no radar o balanço do quarto trimestre, com prejuízo de 345 milhões de reais, mas leve melhora operacional, dada a alta de 2,7 por cento na receita e também no Ebitda, além de redução na dívida, com a relação dívida líquida sobre Ebitda ficando em 3,38 vezes.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN avançaram 1,34 e 2,65 por cento, respectivamente, após redução do percentual de recursos que os bancos são obrigados a recolher aos cofres do Banco Central. SANTANDER BRASIL UNIT subiu 4,45 por cento e BANCO DO BRASIL ON ganhava 1,76 por cento.

- VALE ON fechou com elevação de 1,61 por cento, diante da alta dos preços do minério de ferro na China, apoiada na redução de preocupações quanto a uma potencial guerra comercial entre o país asiático e os EUA. O avanço nos preços do aço também ajudou as siderúrgicas, com CSN avançando 5,77 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 0,99 e 1,43 por cento, respectivamente, acompanhando os preços do petróleo no exterior em pregão também marcado por leilão de blocos de petróleo e gás da Bacia de Campos, no qual consórcios integrados pela companhia arremataram áreas que registraram bônus de assinatura de cerca de 5 bilhões de reais.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB recuaram 0,52 e 0,82 por cento, entre as poucas quedas da sessão, conforme permanecem dúvidas sobre o processo de privatização da elétrica estatal.

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