São Paulo - O Ibovespa, principal Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, operou sem tendência durante todo o dia, mas no fim do pregão firmou o sinal no campo negativo, motivado pela cautela nos mercados internacionais. No ambiente interno, os investidores acompanharam as notícias corporativas e internacionais. No cenário externo, os temores sobre o aperto monetário na China, preocuparam os investidores. Nos Estados Unidos, o discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke e a divulgação do indicador que mede o crédito aos consumidores, foram os destaques.

No noticiário corporativo, a JBS informou a alteração de seu cronograma de oferta pública primária de ações. O prazo para investidores reservarem os papéis da oferta vai de 14 a 27 de abril. A companhia pretende distribuir inicialmente 200 milhões de ações ordinárias no mercado brasileiro. Perto das 17 horas, os papéis ON da JBS valorizaram 0,25%.

Na Bovespa, as ações PN da fabricante de brinquedos Estrela subiram 4,04%, após o jornal O Estado de São Paulo divulgar que produtores de brinquedos do país estudam realizar uma fusão, buscando o fortalecimento em um mercado tomado pelas importações, especialmente da China.

Começou hoje o período de reservas da oferta inicial de ações (IPO) da Mills Estruturas e Serviços de Engenharia. Inicialmente, a empresa pretende distribuir 37,04 milhões de ações ordinárias. A oferta também compreende a colocação de outras 14,81 milhões de ações por meio de uma distribuição secundária, podendo ser acrescida dos lotes suplementar e adicional. Os papéis serão listados no Novo Mercado da BM&F Bovespa, sob o código MILS3.

No cenário externo, segundo uma matéria veiculada em um jornal Chinês, o conselheiro do Banco Central da China afirmou que a autoridade monetária deve elevar o juro básico do país já neste segundo trimestre, caso a inflação acelere.

Nos Estados Unidos, após as bolsas oscilarem, a tendência negativa predominou, diante do pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke e da divulgação do indicador que mede o nível de crédito ao consumidor.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou que a economia dos Estados Unidos ainda enfrenta obstáculos significativos, principalmente em três aspectos: o ainda fraco volume de concessão de crédito, em especial das instituições financeiras menores; o mercado imobiliário, já que as taxas de inadimplência e de despejo seguem crescendo e, por fim, os problemas enfrentados no mercado de trabalho, uma vez que o desemprego segue próximo à maior taxa dos últimos 26 anos no país, em torno de 9,7%.

O indicador que mede o crédito ao consumidor norte-americano revelou um recuo de US$ 11,50 bilhões no montante de crédito concedido em fevereiro, em relação ao mês anterior, ficando bem abaixo das projeções dos analistas, que esperavam uma queda de US$ 700,00 milhões.