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Guerra cambial deve atingir também a BM&FBovespa

Queda de braço para segurar o dólar deve desacelerar negociações, diz Barclays

A volatidade causada pelo medo de novas medidas reduz o apetite pelas ações da BM&FBovespa, diz Barclays

A volatidade causada pelo medo de novas medidas reduz o apetite pelas ações da BM&FBovespa, diz Barclays

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 14h33.

São Paulo - Os riscos iminentes de uma maior intervenção governamental para conter a disparada do câmbio,  ainda que até agora tenham excluído o mercado de ações, devem criar ruído no desempenho das ações da BM&FBovespa. É o que diz o banco de investimentos Barclays Capital, que revelou em relatório da última sexta-feira (15) expectativa de esfriamento para os papéis da bolsa brasileira.

Para o banco, o mercado de ações não está isento dos impactos da queda de braço cambial.  A decisão do ministério da Fazenda em não adotar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os investimentos em renda variável, mas está cedo para descartar a adoção de novas medidas. Desta forma, os analistas Henrique Caldeira e Roberto Attuch acreditam que a volatilidade causada pelo medo de novas medidas reduz o apetite pelas ações da BM&FBovespa.

As perspectivas de desaceleração levaram ao rebaixamento das ações ordinárias da BM&F de overweight (alocação acima da média) para equalweight (desempenho na média do mercado) e a mudança do preço-alvo para 2011 de 14,5 reais para 15,5 reais, o que implica um potencial de valorização muito baixo. “Recomendamos os investidores a realizarem os lucros a este ponto”. Outro ponto crítico apontado é a diminuição dos volumes de negócios, que deve ajudar a transformar a volatilidade numa referência resistente em 2011.

Esfriamento

As incertezas também se estendem para o ambiente de derivativos. Com a ideia consensual de que a taxa Selic não será alterada no curto prazo caiu a procura pelos contratos de juros futuros. “Até agora, as taxas de juros representaram em média 65% dos contratos negociados, enquanto mais de 40% da participação dos investidores se dá através de mesas de negociação de bancos, onde vemos poucas oportunidades para hedge e especulação”, expõem o analistas. "Isto dá uma indicação de que a expectativa com os derivativos precisam ser travadas".

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