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Goldman Sachs recomprará US$ 5 bi em ações de Warren Buffett

Operação vai saldar o empréstimo feito pelo milionário investidor quando a crise financeira explodiu em 2008

Warren Buffett tem uma fortuna estimada em US$ 40 bilhões, a segunda maior dos EUA (AFP/Alejandro Pagni)

Warren Buffett tem uma fortuna estimada em US$ 40 bilhões, a segunda maior dos EUA (AFP/Alejandro Pagni)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 21h27.

Nova York - O Goldman Sachs anunciou nesta sexta-feira que recomprará os US$ 5 bilhões em ações preferenciais do grupo Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, para saldar o empréstimo feito pelo milionário investidor quando a crise financeira explodiu em 2008.

O banco americano assegurou em comunicado que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) permitiu que a entidade recompre as 50 mil ações preferenciais que entregou há cerca de três anos ao Berkshire Hathaway para compensar o investimento de US$ 5 bilhões que realizado por Buffett.

A entidade financeira explicou que no dia 18 de abril pagará à empresa de Buffett 10% desse investimento por cancelar as ações preferenciais, além de outros dividendos acumulados, enquanto Berkshire Hathaway ainda manterá o direito de comprar mais de 43 milhões de ações comuns de Goldman a US$ 0,01 por título.

A operação inclui o pagamento de um dividendo por um valor aproximado de US$ 1,64 bilhão, que será refletido nas contas do primeiro trimestre deste ano.

O Goldman Sachs detalhou que o empréstimo de Buffett custava US$ 125 milhões por trimestre, ou US$ 500 milhões ao ano, o que resultou só em 2010 em uma redução do lucro líquido por título de US$ 0,85.

Warren Buffett, que figura como a terceira pessoa mais rica do mundo segundo a "Forbes" e que é o segundo americano mais rico atrás do fundador da Microsoft, Bill Gates, usou o investimento para restaurar a confiança nos mercados financeiros depois da queda do Lehman Brothers em setembro de 2008 e da crise financeira.

As ações do Goldman Sachs subiram nesta sexta-feira 2,7% na Bolsa de Nova York, onde acabaram a um preço de US$ 159,96 cada e acumulam uma valorização de 5,95% nos últimos seis meses. Nas operações eletrônicas posteriores ao fim da sessão regular seus títulos perdiam 0,06%.

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