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Fundo imobiliário de CRI atrelado ao CDI é chance para longo prazo

Gestor da Kinea aponta perspectivas para o setor durante programa FIIs em EXAME

 (Pilar Olivares/Reuters)

(Pilar Olivares/Reuters)

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Beatriz Quesada

Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 19h43.

Última atualização em 25 de julho de 2022 às 19h37.

A taxa Selic está em sua mínima histórica de 2% ao ano há cinco meses. Para o universo dos investimentos, um dos efeitos práticos da baixa na taxa de juro é a queda de rendimento dos investimentos atrelados ao CDI, taxa que anda de mãos dadas com a Selic.

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É o caso do Kinea Rendimentos (KNCR11), o mais antigo fundo imobiliário (FII) de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da gestora Kinea. Lançado em 2012, quando a Selic ainda estava em 7,25%, o fundo tem sofrido nos últimos meses com queda de rendimento que afetou o valor das cotas no mercado.

A situação, no entanto, está a ponto de mudar. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, órgão que define a taxa de juro a cada 45 dias, já deu indicativos de que pode elevar a Selic quando decidiu retirar a política do forward guidance. O instrumento vinha sendo usado para sinalizar que não haveria elevação de juros tão cedo.

Sem o forward guidance, o caminho para a alta de juros fica praticamente livre. No mercado, a expectativa é que até o fim do ano, a taxa Selic chegue a 3,25%, com o início do ciclo de alta de juros previsto para o começo do segundo semestre. 

Como resultado, a expectativa é que o preço das cotas do Kinea Rendimentos se recupere e fique mais próximo do valor histórico. “É uma oportunidade para o investidor de longo prazo”, afirma Flávio Cagno, sócio gestor dos FIIs de CRI da Kinea.

Cagno conversou com o professor Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários da EXAME Research em entrevista para o programa FIIs em EXAME, transmitido semanalmente às 15h no canal da EXAME Research no YouTube

Atualmente a cota do Kinea Rendimentos é negociada a 88,82 reais, enquanto o valor patrimonial da cota é de 98,14 reais. O chamado valor patrimonial corresponde ao valor total do patrimônio do fundo (ativos mais o dinheiro disponível em caixa e aplicações financeiras) dividido pelo número de cotas do fundo.

“O valor da cota patrimonial também sofre marcação a mercado, então o valor histórico é ainda mais alto e está em torno de 104 reais” explica Cagno. 

O gestor conta que o fundo está com títulos adimplentes, de “companhias de primeira linha” e que possuem garantias muito robustas. Sendo assim, o grande gatilho para a queda do preço nas cotas do mercado seria a perda de rendimento causada pela baixa na taxa Selic.

“O que estamos vendo é um grande descompasso entre os valores de mercado e patrimonial. O que explica esse resultado é a combinação entre crise, estresse do mercado e, principalmente, a Selic na mínima [histórica]. Uma tempestade perfeita levou a esse valor, que, na nossa visão, deixa a cota muito barata”, avalia Cogna.

Ao longo do programa, o professor detalha a carteira do Kinea Rendimentos título por título e comenta também sobre outros produtos da gestora, como o Kinea Índices de Preços (KNIP11), atrelado ao IPCA, cujas cotas estão acima do valor patrimonial por causa da alta da inflação.

Assista ao programa completo aqui:

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