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Fitch rebaixa ratings da OGX

O rebaixamento se deu devido a preocupações da agência em relação à liquidez da companhia após a aquisição de 13 blocos exploratórios na 11º rodada da ANP

Problemas operacionais que a empresa vem passando motivaram o rebaixamento (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 16h41.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os IDRs (ratings de probabilidade de inadimplência do emissor, na sigla em inglês) em moeda estrangeira e local da OGX de B para B-. O rating nacional de longo prazo também foi alterado de BBB- para BB+. A perspectiva para as notas passou de estável para negativa.

A agência também rebaixou o rating das emissões de notas de 2,6 bilhões de dólares e 1,1 bilhão de dólares de B/RR4 para B-/RR4.

O analista da Fitch, Ricardo Carvalho, explica em sua análise que o rebaixamento dos ratings da OGX reflete as preocupações da agência em relação à liquidez da companhia, devido à sua aquisição de 13 blocos exploratórios.

Segundo Ricardo, as aquisições acontecem “em meio a um período em que a empresa está implementando um ambicioso programa de investimentos e vem lutando para que a produção de petróleo e gás entre em operação”.

A OGX adquiriu participação em 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações da ANP, realizada na última terça-feira.

A aquisição dos blocos está avaliada em aproximadamente 190 milhões de dólares e deverá ser paga antecipadamente nos próximos meses. Os investimentos mínimos compromissados em relação a estes blocos totalizam 350 milhões de dólares no período exploratório de cinco anos, o que, segundo o analista, pressionará ainda mais as necessidades de caixa da OGX.


A Fitch destacou ainda os problemas operacionais que a empresa vem passando e que motivaram o rebaixamento. Em abril, todos os seus três poços de produção da OGX foram paralisados devido a problemas técnicos na bomba centrífuga submersível no poço OGS-68HP. Houve também instabilidade na geração elétrica na OSX-1 que afetou a produção nos outros dois poços. Dos três poços, um voltou rapidamente à produção; o segundo deverá recomeçar a produzir em maio; e o terceiro poço, em junho.

Dívida

Outro ponto que preocupa o analista é a dívida da empresa. Segundo ele, em 31 de março de 2013, a OGX registrava 4 bilhões de dólares de dívida total e apenas 1,1 bilhão de dólares de caixa e aplicações financeiras.

“O ambicioso programa de investimentos de capital da OGX, de aproximadamente 1,3 bilhão de dólares em 2013, e o Ebitda de baixo a negativo - dependendo da velocidade de recuperação dos volumes de produção - deverão resultar em grande déficit de caixa em 2013”, avisa Ricardo.

Por conta disso, a Fitch acredita que há alta probabilidade de a OGX precisar exercer a opção de venda de ações ao valor de 1 bilhão, contra Eike Batista, seu acionista controlador para financiar parte de seu fluxo de caixa negativo.

A agência alerta que os ratings da empresa podem sofrer novos rebaixamentos se os riscos de liquidez continuarem aumentando e caso tenha novos problemas para implementar seu plano de exploração e desenvolvimento.

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São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os IDRs (ratings de probabilidade de inadimplência do emissor, na sigla em inglês) em moeda estrangeira e local da OGX de B para B-. O rating nacional de longo prazo também foi alterado de BBB- para BB+. A perspectiva para as notas passou de estável para negativa.

A agência também rebaixou o rating das emissões de notas de 2,6 bilhões de dólares e 1,1 bilhão de dólares de B/RR4 para B-/RR4.

O analista da Fitch, Ricardo Carvalho, explica em sua análise que o rebaixamento dos ratings da OGX reflete as preocupações da agência em relação à liquidez da companhia, devido à sua aquisição de 13 blocos exploratórios.

Segundo Ricardo, as aquisições acontecem “em meio a um período em que a empresa está implementando um ambicioso programa de investimentos e vem lutando para que a produção de petróleo e gás entre em operação”.

A OGX adquiriu participação em 13 blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia do Parnaíba durante a 11ª Rodada de Licitações da ANP, realizada na última terça-feira.

A aquisição dos blocos está avaliada em aproximadamente 190 milhões de dólares e deverá ser paga antecipadamente nos próximos meses. Os investimentos mínimos compromissados em relação a estes blocos totalizam 350 milhões de dólares no período exploratório de cinco anos, o que, segundo o analista, pressionará ainda mais as necessidades de caixa da OGX.


A Fitch destacou ainda os problemas operacionais que a empresa vem passando e que motivaram o rebaixamento. Em abril, todos os seus três poços de produção da OGX foram paralisados devido a problemas técnicos na bomba centrífuga submersível no poço OGS-68HP. Houve também instabilidade na geração elétrica na OSX-1 que afetou a produção nos outros dois poços. Dos três poços, um voltou rapidamente à produção; o segundo deverá recomeçar a produzir em maio; e o terceiro poço, em junho.

Dívida

Outro ponto que preocupa o analista é a dívida da empresa. Segundo ele, em 31 de março de 2013, a OGX registrava 4 bilhões de dólares de dívida total e apenas 1,1 bilhão de dólares de caixa e aplicações financeiras.

“O ambicioso programa de investimentos de capital da OGX, de aproximadamente 1,3 bilhão de dólares em 2013, e o Ebitda de baixo a negativo - dependendo da velocidade de recuperação dos volumes de produção - deverão resultar em grande déficit de caixa em 2013”, avisa Ricardo.

Por conta disso, a Fitch acredita que há alta probabilidade de a OGX precisar exercer a opção de venda de ações ao valor de 1 bilhão, contra Eike Batista, seu acionista controlador para financiar parte de seu fluxo de caixa negativo.

A agência alerta que os ratings da empresa podem sofrer novos rebaixamentos se os riscos de liquidez continuarem aumentando e caso tenha novos problemas para implementar seu plano de exploração e desenvolvimento.

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