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Ferrari debutará na Bolsa de Nova York

A mítica marca italiana de automóveis esportivos entrará amanhã na Bolsa de Nova York, a fim de conquistar novos mercados


	Logo da Ferrari: dirigentes da marca de luxo assistirão ao tradicional toque da sineta que dá início às contratações na Bolsa de Valores de Nova York
 (Gabriel Bouys/AFP)

Logo da Ferrari: dirigentes da marca de luxo assistirão ao tradicional toque da sineta que dá início às contratações na Bolsa de Valores de Nova York (Gabriel Bouys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 18h27.

A mítica marca italiana de automóveis esportivos Ferrari, filial da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), entrará na quarta-feira na Bolsa de Nova York, a fim de conquistar novos mercados com sua imagem de luxo e audácia.

Os dirigentes da marca de luxo assistirão ao tradicional toque da sineta que dá início às contratações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

A primeira cotação aparecerá poucos minutos depois, marcando assim uma etapa importante de sua história.

A Ferrari segue os passos da FCA, que tem suas ações negociadas na bolsa de Wall Street há aproximadamente um ano.

As ações da Ferrari terão como símbolo "RACE", escolhido por Sergio Marchionne, diretor-executivo do Grupo Fiat.

A RACE substitui o desejado Red (vermelho), cor emblemática da marca, que não estava disponível.

A maior incógnita por enquanto é o valor das ações da Ferrari, que serão conhecidas na terça-feira à noite após uma série de debates entre especialistas.

Marchionne empreendeu nos últimos dias uma intensa campanha nos principais centros financeiros e convidou uma dezena de privilegiados às oficinas de Maranello, no norte da Itália, onde o piloto de carros de competição Enzo Ferrari fundou em 1929 a Scuderia Ferrari e em 1947 começou a fabricar os carros.

Por enquanto não existe estimativa do preço da ação, embora analistas e banqueiros especulem algo entre 48 e 52 dólares.

A Ferrari vai colocar aproximadamente 9% de seu capital, os acionistas ficarão com 80% e Piero Ferrari, filho do fundador, com 10%.

Se a ação for 52 dólares, a filial estaria avaliada em um preço inicial de 9,92 bilhões de dólares, o que representaria uma vitória para Marchionne.

Um plano de 48 milhões de euros

A Fiat Chrysler tem a intenção de criar um fundo para financiar um ambicioso plano de desenvolvimento para os próximos cinco anos em um valor de 48 milhões de euros.

Para isso, espera vender anualmente cerca de 7 milhões de automóveis de todas as marcas do grupo.

A Ferrari, que limita voluntariamente sua produção de automóveis a 7.000 carros, prevê aumentar sua produção para 9.000 unidades.

Para adquirir uma Ferrari há longas listas de espera e 60% dos automóveis estão reservados àqueles que já são proprietários de um. E 34% dos clientes Ferrari têm mais de um.

A expansão da FCA gerou preocupação na Itália, o que fez o grupo prometer que manterá sua sede fiscal no país e que continuará operando sob a lei italiana.

A marca também teve que se comprometer a não cortar funcionários nem suas atividades com sede na Itália.

"Lhe desejo boa sorte, me sinto orgulhoso de ter contribuído com as suas conquistas", comentou o empresário Luca Cordero di Montezemolo, figura emblemática da escuderia, líder da equipe mais premiada da Fórmula 1, e que no passado foi contra a entrada da Ferrari na Bolsa.

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